Os arguidos acusados de idealizar sequestros e roubos, cometidos contra uma família, numa moradia, em Igreja Nova, Barcelos, em 2022, negam terminantemente a autoria de tais crimes, salientando nem sequer conhecerem os coarguidos suspeitos de executantes.
Reagindo à acusação proferida já esta semana pelo Ministério Público e noticiada esta quinta-feira por O MINHO, os arguidos, através do advogado Álvaro Matos Martins, com escritório em Barcelos, comentaram o caso cometido na madrugada de 23 de fevereiro de 2022, pelos quais oito cidadãos são acusados genericamente de crimes de associação criminosa, sequestro e roubo.
A acusação diz uma das vítimas e uma arguida dedicam-se à confeção têxtil, “incluindo de material contrafeito, existindo entre ambas uma grande rivalidade e inimizade”.
O advogado Álvaro Matos Martins começou por considerar “ser com grande surpresa que os meus constituintes receberem a acusação, porque estão acusados alegadamente como mandantes, mas na verdade encontram-se todos inteiramente inocentes”.
“Ao longo de todo o processo prestaram sempre declarações, na Polícia Judiciária de Braga aquando a detenção destes no próprio dia, prestaram esclarecimentos sempre que para isso foram notificados, prestaram declarações perante a senhora magistrada do Ministério Público de Guimarães, em nenhum momento se remeteram ao silêncio”, referiu o mesmo causídico.
“Pelo contrário, até ativamente através do mim, enquanto seu mandatário, fizeram requerimentos para saber do andamento do processo e a manifestar sempre toda a sua disponibilidade para sempre que a Polícia Judiciária ou o Ministério Público assim o entendessem os convocassem para esclarecerem tudo aquilo que pretendessem”, segundo o advogado Álvaro Matos Martins.
“Tal postura dos meus constituintes muito diz sobre o à vontade que têm para falar, pois nunca se escudaram no direito ao silêncio”, salientou aquele causídico, revelando que “os meus constituintes apresentaram uma queixa por difamação contra os ofendidos que inicialmente acusavam os meus constituintes, mas com o desenrolar do processo deixaram de o fazer, correndo o processo no Tribunal Judicial de Braga, tendo o número 176/23.9T9BCL, no Juízo de Instrução Criminal de Braga – Juiz 2”.
“É o que cumpre informar no puro exercício do direito ao contraditório dos meus constituintes, que se declaram completamente inocentes no processo, porquanto os meus constituintes não têm qualquer relação, nem tão pouco conhecem os coarguidos alegadamente executantes”, segundo a nota de esclarecimento remetida esta sexta-feira pelo advogado Álvaro Matos Martins.