O diferendo judicial que opõe os empresários bracarenses António Salvador e Domingos Correia, por causa do que ficou conhecido como sendo o camião do fraque, tem julgamento marcado para 09 de setembro.
A audiência já esteve marcada mas foi adiada porque o juiz titular do processo no Tribunal criminal decidiu apensar-lhe um outro semelhante.
No caso vertente, o empreiteiro Domingos Correia, que ficou conhecido pela alcunha de camião do fraque, está acusado por quatro crimes de perseguição à família de António Salvador. O caso envolve, ainda, um funcionário de Correia, também arguido no caso.
A acusação do Ministério Público (MP), diz que, na origem das perseguições está uma alegada dívida de 1,2 milhões de Salvador a Correia – com uma ação ainda em curso no Tribunal de Famalicão e outra já decidida a favor de Correia – derivada de um negócio de venda de uma quota na empresa Britalar Moz, em que ambos eram sócios.
Correia, que garante que não perseguiu nem ofendeu ninguém, tendo apenas querido receber o dinheiro em dívida – que existe, como se vem provando em tribunal – para o que pôs um camião a circular na cidade e junto ao estádio municipal, com os dizeres “Caloteiro! Paga o que deves!” aludindo aquela dívida. Pôs, também, a circular, nas ruas de Braga, duas carrinhas, com frases semelhantes, que se terão postado, ainda, à porta de casa de Salvador e de um hotel da cidade, seguindo, também, membros da família.
O processo tem, como assistentes, além de Salvador, a mulher e os dois filhos e o Sporting Clube de Braga, a que o empresário preside.