Guerra bilionária pelo grupo que tem fábrica de papel em Viana

É uma “potencial guerra de ofertas” bilionárias, noticia esta quarta-feira a agência internacional Reuters.

Os donos da fábrica de papel que emprega 260 pessoas em Viana do Castelo – o grupo britânico DS Smith -, está a ser alvo de ofertas de aquisição no mercado que tem disparado o seu valor, com as ações a subirem 8% só na manhã de quarta-feira, atingindo o seu maior valor desde há três anos.

A oferta que provocou esta mexida na bolsa de Wall Street provem da International Paper, um grupo dos Estados Unidos que com uma oferta abriu uma guerra com outra empresa britânica que já tinha demonstrado interesse em adquirir parte da DS Smith.

Esta oferta irá valorizar a DS Smith em cerca de 6 bilhões de euros, passando a integrar um novo grupo agregado, onde deteria apenas 33% das ações.

Em abril do ano passado, o grupo inglês investiu 145 milhões de euros na fábrica de papel em Viana, divulgando em fevereiro deste ano que a mesma “bateu recorde de produção” e conseguiu “uma redução em 10 mil toneladas das emissões de CO2”, segundo anunciou o CEO no mês passado.

O problema é que há cerca de três semanas, a DS Smith elaborou um acordo preliminar semelhante com outro grupo britânico, que até é seu rival – grupo Mondi -, que fez uma oferta que deixava o grupo que tem fábrica em Viana do Castelo a valer cerca de 5 bilhões de euros, também com criação de um grupo agregado onde a DS Smith teria 46% do novo grupo.

Segundo a Reuters, a Internacional Paper terá de fazer uma oferta firme até dia 23 de abril.

Em comunicado citado pela agência internacional de notícias, o Conselho de Administração da DS Smith “reconhece os méritos estratégicos e o potencial de criação de valor através de uma combinação com a International Paper”.

“Nesse sentido, o Conselho está a progredir nas suas discussões com a International Paper em relação à proposta”, disse a DS Smith, acrescentando ainda que as “negociações com a Mondi” também prosseguem.

A Mondi, contactada pela Reuters, recusou-se a comentar.

Diz a Reuters, citando o analista Spencer Liberman, que o “interesse da International Paper (IP) na DS Smith é inesperado, dada a recente focagem da empresa IP no negócio norte-americano”.

 
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