Um pequeno grupo de feirantes vai, esta segunda-feira, à reunião da Câmara de Braga para protestar contra as condições da feira atual, instalada no sopé do monte do Picoto, junto ao estádio 1.º de maio.
Ao que o MINHO apurou, os feirantes queixam-se da chuva e da lama que causa, inundando tendas e espaços, e criando más condições na área, o que afasta os consumidores. Com a consequente queda em termos de faturação.
Vão, por isso, fazer sentir aos vereadores que a feira semanal estava melhor no espaço do antigo Parque de Exposições, hoje Forum Altice Braga. E que, por isso, gostariam de regressar.
Contactado a propósito, o presidente do Município, Ricardo Rio, disse a O MINHO que foi já feito um concurso público para dotar a zona de infraestruturas e condições para a feira, com áreas para aparcamento, mas o resultado foi contestado no Tribunal Administrativo por um dos concorrentes que perdeu.
Rio diz que aguarda as decisões judiciais e que o regresso ao local anterior, o Parque de Exposições “está fora de questão”.
Na ocasião, a Câmara vota uma proposta de pedido ao Ministério da Saúde de cedência de 8,9 hectares de terreno, anexos ao Hospital, para os incorporar no parque ecomonumental das Sete Fontes.
É, ainda, debatida uma proposta de alteração do PDM (Plano Director Municipal) para permitir a elaboração de um plano de urbanização para a zona. A votação esteve agendada para a reunião anterior mas foi adiada a pedido do PS e da CDU, na oposição.
Da agenda da reunião consta, ainda, uma proposta de discussão pública do Regulamento a aplicar, de março a outubro, para uma taxa turística ou de dormida, através da qual os estabelecimentos hoteleiros, de todas as índoles, são obrigados a reter 1,5 euros por cada hóspede, com mais de 16 anos.
Taxa que se aplica, apenas, aos primeiros quatro dias, naqueles quatro meses, estando isentos os cidadãos com deficiência, ou os que venham a Braga por razões médicas. Ao todo, a Câmara espera arrecadar 500 mil euros já este ano.
Outro tema forte é o das tarifas de água e de saneamento, apresentadas pela AGERE, mas os preços mantêm-se, no essencial, inalterados, ou seja, não há aumentos, como sucedeu em 2018.
Em discussão estão, ainda, contratos interadministrativos de delegação de competências nas freguesias do concelho e apoios financeiros a diversas entidades.