O grupo de Braga dstgroup introduziu a construção modular no projeto da Smart Studios Asprela, no Porto, conseguindo assim contornar os problemas que estavam a adiar a conclusão daquela empreitada de 8,6 milhões de euros, destinada à construção de residências temporárias para estudantes e jovens profissionais.
O espaço prevê um total de 243 apartamentos, por entre estúdios e T1, com preços mensais de renda que vão dos 545 euros até perto dos 700. E a promotora já tem data marcada para a inauguração (15 de setembro), havendo já vários apartamentos reservados.
Contudo, a promotora ‘tremeu’ com os atrasos sucessivos face a dificuldades das empresas de construção para encontrar mão-de-obra e face ao aumento do custo dos materiais, havendo necessidade de inovar. E foi aí que entrou o grupo bracarense.
“O desafio foi otimizar um projeto orçamentado em 8.600.000 euros que, face a constrangimentos de prazos, causados pelas dificuldades que o setor da construção enfrenta, precisou de uma solução alternativa eficaz”, adianta José Costa, diretor de produção da DST, em nota enviada a O MINHO.
E a empresa tinha a solução: “Estudadas as hipóteses, e em conjunto com os vários parceiros de obra, a dst percebeu que único caminho seria o da construção modular”.
José Costa afirma que esta solução foi “perfeita para dar resposta a muitos dos constrangimentos do setor da construção como a falta de mão de obra ou o aumento do preço dos materiais”, para além de permitir “construir em fábrica e montar onde não existe mão de obra ou onde a mão de obra é mais cara”.
Foi possível ainda controlar a qualidade e uniformização dos materiais, conjugando com o equilíbrio de logística de chegada dos materiais à obra.
Dentro do projeto, foi adaptada a construção das 221 casas de banho do edifício em monoblocos, “tendo o resultado superado todas as expectativas”, afirma José Costa.
A concluir, o responsável afirma que “a construção modular envolve a produção de componentes padronizados do edifício numa fábrica externa e, em seguida, uma montagem no local final da obra”.
O grupo bracarense tem em curso “um importante projeto de construção modular em curso”, com o arquiteto Norman Foster, provavelmente o mais reputado arquiteto vivo no mundo, e que “visa transformar o setor da construção em Portugal”.
Este projeto que está debaixo da mira de construtores de todo o mundo consiste na criação de um laboratório “vivo” que “irá desenvolver e promover soluções no campo da construção modular e pré‑fabricação, de modo a responder de forma eficiente às necessidades crescentes do mercado mundial”.
A concretização deste desafio representa uma área de construção de 4.000 m2 e aproximadamente 100 unidades modulares habitáveis no campus do dstgroup, em Braga.
De acordo com o grupo, a dst é a empresa do dstgroup que desenvolve a sua atividade principal, na área da engenharia e construção, vocacionada para projetos de grande dimensão.
Na mesma nota, o dstgroup apresenta-se como “um grupo empresarial português de referência, que desenvolve a sua atividade na área da Engenharia & Construção, Ambiente, Energias Renováveis, Telecomunicações, Real Estate e Ventures, e que opera também internacionalmente nos mercados de França, Reino Unido, Holanda, Mónaco e Angola”.