O Grupo comunitário “Outra Voz” vai estrear o espetáculo “Duas Caras”, no dia 21 de novembro, às 21h30, no antigo pavilhão da Cortave, em Lordelo.
O mesmo espetáculo decorrerá em quatro locais distintos do concelho de Guimarães, com vista a levar junto da comunidade uma apresentação criada por parte da mesma.
O mês de novembro engloba dois dos quatro espetáculos. Depois da estreia no antigo pavilhão da Cortave, “Duas Caras” sobe ao palco do nº 650 da Rua Cidade de Guimarães, na freguesia de São Torcato, no dia 28 de novembro.
Já em dezembro, é a vez da Fábrica do Alto, em Pevidém, no dia 05, e do antigo pavilhão da Somirav, em Briteiros Santo Estevão, no dia 12, receberem o elenco.
“Duas Caras” é uma narrativa dividida em “dez pequenos quadros” num espetáculo que junta em cena, durante uma hora, as cerca de 100 pessoas que compõem o grupo de comunidade Outra Voz. Parte de um conceito que faz parte da tradição popular vimaranense para criar uma performance assente na voz humana coletiva e no movimento do grupo num espaço de grandes dimensões, em jeito de “reflexão performativa”, explica a sinopse do projeto.
A encenação, a cargo de António Durães, foi pensada para não criar uma divisão tradicional entre o espetador e os membros do grupo Outra Voz, já que o público e os atores partilham o mesmo espaço.
Os textos e composições levam a assinatura de referências nacionais como os Mão Morta, José Mário Branco ou Amélia Muge, mas na lista de obras originais do projeto fazem ainda parte os nomes de Arlindo Fagundes, BitOcas, Carlos Correia, Fernando Lapa, Inês Campos, João de Guimarães, José Caldeira, Magna Ferreira, Suzana Ralha, Teia Campos, Fernando Ribeiro, Renato Ribeiro, Rodrigo Areias, Rui Pereira, Rui Souzza e Walter Almeida.
A Outra Voz – Associação Cultural, foi criada em 2013 após o término da Guimarães Capital Europeia da Cultura 2012, na qual foi embrionada em 2010. Criada em torno da exploração da voz enquanto som, palavra, canto, espaço, corpo e movimento reúne cerca de uma centena de participantes de todas as proveniências etárias, culturais e geográficas.
Possui um vasto reportório composto por temas do legado oral nacional, mas sobretudo de temas originais compostos por elementos do seu “conselho artístico informal” composto por todos aqueles com quem colaborou no passado, como por exemplo, Amélia Muge, António Durães, José Mário Branco, Carlos Nobre (Pacman), Catarina Miranda, Colectivo Pele, Cristina Mendanha, Fernando Lapa, Jonathan Uliel Saldanha, José Martins (Trovante), Luis Carvalho (Riotous Company), Mão Morta, Mia Theil Have (Riotous Company, Odin Teatret), Michales Loukouvikas, Nikola Kodjabashia, Peter Bergamin, Rafaela Salvador, Teresa Campos (Sopa de Pedra) e Colectivo Soopa.
A entrada para o espetáculo é gratuita.