Greve na Transdev faz-se sentir mais em Fafe, Guimarães, Cabeceiras e Celorico de Basto

Braga e Barcelos também, mas “menos um pouco”

A adesão à greve de 24 horas feita hoje pelos trabalhadores do grupo Transdev ronda os 75%, tendo mais impacto no Norte, disse hoje à Lusa o coordenador do Sindicato Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte (STRUN).

“Nós temos [paralisação] a 100% em vários concelhos, mas temos outros mais fracos um pouco. No global, isto ronda os 70% a 75%”, disse à Lusa, por telefone, José Manuel Silva, que falava à Lusa a partir das instalações da Transdev na freguesia do Pinheiro, em Guimarães, onde estão reunidos alguns trabalhadores.

Segundo o sindicalista, a adesão nota-se mais “no Norte, embora também haja no Centro, em Águeda e Aveiro, [onde] também há lá muitos motoristas parados”.

“Onde se nota mais é no Norte, em Fafe, Guimarães, Cabeceiras de Basto, Mondim de Basto, Celorico [de Basto], Santo Tirso, Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Porto”, enumerou.

Segundo José Manuel Silva, “no Porto, dos trabalhadores dos expressos nenhum está a trabalhar”.

“Depois, menos um pouco, é em Braga e Barcelos, e a zona de Coimbra”, detalhou ainda.

A greve começou à meia-noite e tem a duração de 24 horas, estando prevista nova paralisação para o dia 06 de fevereiro.

“A empresa, para já, ainda não marcou nenhuma reunião connosco, embora, por linhas travessas, queriam que desconvocássemos a greve hoje para reunirmos, mas eu disse que a reunirmo-nos, podemos reunir-nos durante a greve”, afirmou à Lusa o coordenador do STRUN.

José Manuel Silva mostrou-se ainda disponível para se reunir no sábado “ou até ao dia 06 de fevereiro”, data da nova greve dos trabalhadores das empresas do grupo Transdev.

“Hoje não ia desconvocar greve nenhuma, porque já tiveram muito tempo para negociar”, asseverou.

A Lusa questionou a Transdev acerca dos impactos da greve e sobre eventuais reuniões com o sindicato, aguardando resposta.

Entre as exigências dos trabalhadores estão aumentos salariais este ano “na mesma percentagem do salário mínimo nacional, ou da inflação, aquela que for mais favorável aos trabalhadores, como vão receber os trabalhadores das empresas filiadas na ANTROP”, a Associação Nacional de Transportes de Passageiros.

Para os trabalhadores, o local de trabalho deve ser “aquele para onde o trabalhador foi contratado e não pode rodar para outro, mesmo que diste a mesma distância casa-trabalho”, e os trabalhadores, “sempre que na hora de almoço ou jantar estejam deslocados do seu local de trabalho”, devem ter “direito ao almoço ou jantar em deslocado”.

Os trabalhadores exigem ainda o “pagamento do pequeno-almoço para quem inicia o serviço antes das 06:00”, a “acumulação do subsídio de alimentação com almoço ou jantar em deslocado ou penalizado”, e não aceitam receber o “subsídio de complemento de condutor”, pretendendo manter o “subsídio de agente único com a sua redação anterior”.

 
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