Governo salienta “trajetória de descida sustentada” da dívida pública em setembro

Dada a redução para 97,4% do PIB
Foto: Lusa

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, salientou hoje a “trajetória de descida sustentada da dívida pública”, dada a redução para 97,4% do PIB em setembro, falando num compromisso para que o país possa ter finanças “confortáveis”.

“Hoje, o Banco de Portugal divulgou os dados sobre a dívida pública de setembro. Temos um valor de 97,4% do PIB, o que mostra uma trajetória de descida sustentada da dívida pública”, reagiu Joaquim Miranda Sarmento.

Falando à entrada para a reunião do Eurogrupo, em Bruxelas, o governante adiantou que “esse é, de facto, um compromisso do país, continuar a manter as contas públicas equilibradas e continuar a reduzir a dívida pública, para que Portugal possa estar numa posição cada vez mais confortável do ponto de vista das suas contas”.

A reação surge no dia em que o Banco de Portugal (BdP) revelou que a dívida pública na ótica de Maastricht, referência para Bruxelas, baixou 2,4% em setembro, em termos homólogos, para 272.171 milhões de euros, representando agora 97,4% do PIB, o valor mais baixo desde o segundo trimestre de 2010.

De acordo com dados hoje publicados pelo BdP, este indicador baixou 1.484 milhões de euros face a agosto e 6.624 milhões de euros em relação a setembro de 2023 – ou seja, menos 2,4%.

A descida em cadeia refletiu sobretudo, segundo o banco central, a redução dos títulos de dívida (-1.300 milhões de euros) e dos empréstimos (200 milhões de euros).

Por representar o final de um trimestre, o BdP divulga ainda a percentagem correspondente da dívida pública ao Produto Interno Bruto (PIB).

No final do terceiro trimestre, a dívida pública totalizava 97,4% do PIB, representando uma redução de 3,2 pontos percentuais face ao trimestre anterior e que compara com 106,3% do PIB há um ano.

Ainda de acordo com o banco central, os ativos em depósitos das administrações públicas totalizaram em setembro 19,9 mil milhões de euros, o correspondente a um aumento de 3,8 mil milhões de euros face a agosto.

Sem esses depósitos, a dívida pública diminuiu 5,3 mil milhões de euros, para 252.224 milhões de euros.

 
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