Governo já fez proposta para atingir 100% do capital da Lusa e não vai “regatear”

Avançou o ministro dos Assuntos Parlamentares
Foto: Lusa

O Governo fez uma proposta para adquirir o restante do capital social da Lusa que ainda não detém, por um valor correspondente à avaliação da agência no âmbito das outras aquisições, e não vai “regatear”.

A informação foi avançada hoje pelo ministro dos Assuntos Parlamentares, na audição no parlamento no âmbito do Orçamento do Estado para 2025, onde adiantou que já foi feita uma proposta e o Governo está a aguardar.

“Temos hoje em dia uma maioria muito significativa, há uma oferta para se poder adquirir o restante, por razões essencialmente de benefício em atos de gestão”, começou por explicar Pedro Duarte.

O governante adiantou que já foi feita uma proposta que “é exatamente no mesmo valor que foi feita a avaliação da empresa a propósito das outras aquisições” e não vai mudar a esse respeito.

“O Estado não está disponível para regatear ou negociar, é um valor que foi encontrado e daí não sairemos”, afirmou o ministro dos Assuntos Parlamentares. 

Já sobre a ideia da criação de um Conselho de Supervisão na agência de notícias, disse que o Governo vai “conversar sobre isso com órgãos próprios da Lusa”. “O interesse é que haja um conselho que aumente a independência da Lusa face ao poder político e ao Governo e a composição do conselho de supervisão será encontrada, mas promoveremos entidades e não personalidades para dar mais força e não termos personalidades que vão com cunho mais partidário”, sinalizou o ministro.

O ministro já tinha apontado o desejo do Governo de “clarificar a estrutura acionista [da Lusa]”, no início de outubro, recordando que desde final de julho o Estado passou a deter 95,86% do capital da agência noticiosa portuguesa.

No dia 31 de julho, o Estado comprou os 45,71% da participação da Global Media e da Páginas Civilizadas na Lusa por 2,49 milhões de euros, passando a deter 95,86%.

Com esta decisão, o Estado tornou-se detentor de 95,86% do capital da agência noticiosa portuguesa, que tem as participações minoritárias da NP – Notícias de Portugal (2,72%), Público (1,38%), RTP (0,03%) e a Empresa do Diário do Minho, Lda, cada um 0,01%.

 
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