O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, garantiu hoje que a participação da Ordem dos Médicos (OM) no processo de formação destes profissionais “não é substituível”, na sequência da alteração aos estatutos determinada pelo Governo.
“A participação da OM no processo de formação dos médicos é muito importante e não é substituível e eu, independentemente dos acertos jurídicos que venham a ser estabelecidos, o que posso garantir é que continuará a haver uma enorme cooperação entre o Ministério da Saúde e a OM na formação dos profissionais”, disse.
Em declarações à RTP no fim de semana, o bastonário da OM, Carlos Cortes, prometeu “luta feroz” contra a alteração aos estatutos determinada pelo Governo que retira à Ordem o poder de decidir quantos internos entram nas especialidades e quem os pode formar, passando essa prerrogativa para o executivo.
O ministro da Saúde, que falava aos jornalistas na vila do Crato, no distrito de Portalegre, à margem da iniciativa “Saúde Aberta”, acrescentou que espera ainda “esta semana” anunciar o mapa de vagas das especialidades para os médicos internos que vão começar a sua formação em janeiro.
“Isso vai ser feito em completa colaboração e cooperação com a OM”, sublinhou.