O secretário de Estado Adjunto e da Saúde adiantou hoje que cerca de 5.000 vacinas, e não 3.500 como inicialmente avançado, bom base em informações das autoridades locais de saúde, que ficaram inutilizadas na sequência da falha energética que ocorreu esta madrugada no centro de vacinação de Famalicão.
Já depois de o número de 3.500 ter sido adiantado logo pela manhã, o coordenador da ‘task force’, Henrique Gouveia e Melo, disse que tinham sido 2.400 e que, no total, desde o início do processo da vacinação em Portugal, já tinham sido inutilizadas 5.000.
No entanto, o número de 5.000 apenas em Famalicão foi confirmado ao início da tarde por António Lacerda Sales, adiantando que a Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte vai abrir um inquérito para apurar as “devidas responsabilidades” nesta situação.
“Estas vacinas serão, obviamente, substituídas e ninguém ficará por vacinar”, garantiu.
O governante frisou que num processo em que se vacinam 10 milhões de pessoas é natural que ocorram “falhas como estas e outras que também já aconteceram”.
“São situações que no meio de uma logística tão complexa podem acontecer e todos o compreenderão”, reforçou.
Lacerda Sales indicou tratarem-se de vacinas da AstraZeneca e da Pfizer, sendo que “uma pequena parte” das 5.000 doses poderá ser aproveitada, embora se trate de uma quantidade residual.
O presidente da Câmara de Vila Nova de Famalicão anunciou hoje, em conferência de imprensa, que 3.500 vacinas ficaram inutilizadas na sequência da falha energética que ocorreu na madrugada de hoje no centro de vacinação local.
Em conferência de imprensa, Paulo Cunha explicou ao final da manhã que a falha energética apenas se registou na parte onde estão armazenadas as vacinas, instalada num complexo cedido às autoridades de saúde pela autarquia, acrescentando que está em curso um inquérito por parte da autarquia e das autoridades de saúde.
Autarca de Famalicão lamenta que seguranças não tenham acesso ao armazém das vacinas
O autarca lamentou que os elementos da equipa de segurança que assegura a vigilância exterior do complexo, contratada pelo município a pedido das autoridades sanitárias, não tenham autorização das autoridades de saúde para aceder ao interior do mesmo e ao local onde estão guardadas as vacinas.