O Governo aprovou hoje o projeto de emparcelamento nas freguesias de Moreira, Barroças e Taias, do concelho de Monção, reclamado há mais de década e meia pelos agricultores locais.
“Os principais objetivos a concretizar com este emparcelamento são a introdução de fatores de racionalização, valorização e competitividade agrícola, tendo como objetivo a promoção do ordenamento do espaço rural, com o intuito de melhor aproveitar as potencialidades e recursos, com vista à valorização da agricultura no espaço rural”, refere o comunicado do Conselho de Ministros emitido no final da reunião de hoje, onde o diploma foi aprovado.
O presidente da Câmara de Monção, Augusto Domingues congratulou-se com a “boa notícia” por considerar que o projeto de emparcelamento agrícola do Vale do Gadanha representa uma “mais-valia para a agricultura em geral e para a produção de Alvarinho em particular”.
Augusto Domingues adiantou que “o investimento previsto ronda os 4,6 milhões de euros e abrange 529 hectares, dos quais 127 de reconversão de vinha, 616 proprietários e 892 lotes”.
O autarca socialista revelou que “a candidatura aos fundos comunitários do Portugal 2020 será apresentada até 10 de janeiro de 2017”.
“O presente investimento, que já dispõe de 870 mil euros no âmbito do programa VITIS, datado de 2009, é a concretização de uma aspiração antiga da população do Vale do Gadanha e autarquia monçanense que, registe-se, iniciou este processo há sensivelmente década e meia, tendo, até ao momento, investido 500 mil euros”, explicou Augusto Domingues.
Em causa está um projeto para a reestruturação e modernização, nomeadamente da produção de vinho Alvarinho, atividade que envolve 2.000 produtores, com 67 empresas e 112 marcas diferentes.
O projeto de ordenamento fundiário “envolve terrenos nas freguesias de Moreira e Barroças e Taias, abrange 529 hectares, dos quais 127 de reconversão de vinha, 616 proprietários e 892 lotes”, sendo considerado “estruturante” para a reconversão agrícola e vinícola daquele concelho.
Para Augusto de Oliveira Domingues, a aprovação pelo Conselho de Ministros “representa uma revolução no ordenamento fundiário do Vale do Gadanha, potenciando o setor agrícola do concelho com particular destaque para a produção de vinho alvarinho e tranquilizando centenas de pequenos produtores que desesperavam pela aprovação do projeto”.
“Durante anos, recebemos elogios dos governantes pela qualidade do projeto e muito boa vontade para a sua aprovação. Aconteceu agora. É um dia extraordinário para Monção. Sentimos uma sensação de alívio e de grande felicidade. Uma palavra para os deputados do PS eleitos por Viana do Castelo, com destaque para José Manuel Carpinteira, pelo apoio que deram a um projeto que, estou certo, vai contribuir para a valorização dos nossos recursos endógenos”, destacou.
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