A secretária de Estado da Energia, Ana Fontoura Gouveia, admitiu hoje na Maia, a replicação ao longo da costa nacional do projeto WindFloat Atlantic, em Viana de Castelo, de transformação do vento em energia.
“É uma paisagem que podemos ver noutras latitudes da nossa costa, com muitos benefícios para o país, trazendo-nos energia limpa, fiável, a custos cada vez mais competitivos, e benefício para todos os portugueses”, disse sobre o primeiro parque eólico marítimo flutuante semissubmersível do mundo.
Em declarações após uma viagem aérea ao projeto da EDP ao largo de Viana do Castelo, que fez na companhia da Comissária Europeia para a Energia, Kadri Simson, a secretária de Estado assegurou estar o Governo “muitíssimo comprometido” com este tipo de projetos.
“Esta é a forma de continuar a nossa capacidade de geração do renovável”, começou por dizer Ana Fontoura Gouveia que depois lembrou que este ano o Governo vai “lançar o primeiro leilão dos 10 gigas” que querem atingir “até 2030”.
E prosseguiu: “oOs trabalhos técnicos estão a decorrer para que depois o leilão possa decorrer com a segurança que todos precisamos e envolvendo, necessariamente, as unidades locais neste esforço que é partilhado por todos”.
A governante garantiu também que “na transição para as energias renováveis Portugal está a conseguir aproveitar os fundos europeus” e que isso “faz parte do esforço que o país tem feito de transição energética e climática”.
“Temos muitos investimentos em PRR [Plano de Recuperação e Resiliência], designadamente, e os novos instrumentos que estão a ser criados são também aproveitados por Portugal, pela nossa indústria”, disse antes de enfatizar que a indústria nacional “está numa posição dianteira, muitíssimo bem preparada para aproveitar esses recursos e, assim, contribuir para o crescimento económico do país”.
Na viagem a partir do aeródromo da Maia participou também o presidente executivo da EDP, Miguel Stilwell d’Andrade, que lembrou ser o WindFloat Atlantic “um projeto comercial, de três turbinas, de 25 megawats, que produz energia capaz de abastecer 25 mil famílias”.
“Este é um projeto operacional de três anos que depois queremos ver se conseguimos fazer crescer”, acrescentou, assinalando que esse desiderato “depende dos planos para a economia portuguesa”: ”sei que o Governo português está a trabalhar nisso e nas áreas onde possa ser possível”.
A comissária europeia, Kadri Simson lembrou ser uma necessidade de todos as “novas fontes de energia, da solar e também da proveniente do vento, em terra e no mar”.
“Estamos prontos para apoiar projetos como o que hoje vimos e que também foi apoiado pela União Europeia”, disse, sublinhando depois o trabalho que está a ser feito ao nível da UE de “pesquisa e da inovação”.