O chefe do Estado Maior da Armada, almirante Gouveia e Melo, estava no Gerês, quando soube do envolvimento de dois fuzileiros nas graves agressões a agentes da PSP, à porta da discoteca Mome, em Lisboa, tendo seguido logo para a capital, apesar de estar permanentemente a ser alvo das atenções, de autarcas e populares, alguns dos quais se referiam ao oficial-general como “o almirante das vacinas”.
O almirante deu ordens para reter disciplinarmente os dois suspeitos na base do Alfeite.
O agente da PSP, Fábio Guerra, de 26 anos, que estava em estado de coma induzido, no Hospital de São José, em Lisboa, acabou por falecer na manhã desta segunda-feira.
A situação está a causar revolta generalizada dentro da PSP, que está a ser contida pelos seus mais altos dirigentes. A detenção disciplinar dos dois fuzileiros contribuiu decisivamente para acalmar um pouco os ânimos e evitar eventuais represálias, já que entre sábado e domingo circulavam as imagens dos rostos de ambos os suspeitos, ligados ao boxe, em grupos restritos de redes sociais geridos por agentes da PSP e também da GNR.
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Tal como está a ser noticiado, esta segunda-feira, o almirante Henrique Gouveia e Melo ordenou a detenção para fins disciplinares, de ambos os militares suspeitos, na Base Naval do Alfeite, colocando-os à disposição para as autoridades policiais, judiciárias e judiciais.
Gouveia e Melo participava numa sessão de homenagem a doze fuzileiros que removeram da Albufeira da Caniçada, em Rio Caldo, Terras de Bouro, no Gerês, bóias e cordas de ancoradouros clandestinos e que não sendo visíveis, por estarem submersos, constituíam um perigo constante para banhistas naquela zona do Gerês, conforme O MINHO noticiou.
O almirante Gouveia e Melo, depois dos discursos da praxe, já não entrou na embarcação “Rio Caldo”, ao contrário do que estava seguido pelo protocolo, onde deveria seguir os trabalhos dos seus doze militares na Caniçada, alegando ter outros compromissos, o que na altura causou alguma estupefação entre os presentes, mas não se sabendo ainda a razão.
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Na cerimónia, incluindo o almoço no Gerês, manteve-se o segundo comandante do Corpo de Fuzileiros, capitão de mar e guerra Martins de Brito, para além do comandante do 2.º Batalhão, capitão de fragata Jesus Alves, mais o ministro do Ambiente, Matos Fernandes, que se posicionam de imediato hirtos e em continência para despedida de Gouveia e Melo, momento registado fotograficamente por O MINHO, na Marina de Rio Caldo, em Terras de Bouro, ainda antes do trabalho de campo dos fuzileiros nas margens da Costa da Barca, seguido por todos os outros presentes, incluindo o ministro João Pedro Matos Fernandes.
Notícia atualizada às 12h42 com confirmação da morte de agente da PSP.