A tecnológica Alphabet, dona da Google, anunciou hoje que vai despedir 12.000 pessoas, cerca de 6,4% da sua força laboral, depois de registar anos de crescimento “espetacular” contra uma “realidade económica diferente” como a atual.
Em comunicado citado pela Efe, o presidente executivo da Google e da Alphabet, Sundar Pichai, anunciou que já enviou um e-mail aos trabalhadores da empresa na União Europeia afetados pela medida.
Noutros países, este processo de comunicação deverá demorar mais tempo, uma vez que terá de haver adaptações às leis e práticas locais.
Os despedimentos surgem depois de uma “revisão rigorosa” em todas as áreas de produtos e têm como objetivo realinhar os custos da empresa e direcionar o talento e o capital para outras prioridades.
A empresa disse ainda que irá indemnizar os seus funcionários de acordo com as leis laborais de cada país.
A Alphabet disse que se prepara para lançar novas experiências para utilizadores, criadores e empresas, destacando a inteligência artificial como uma grande oportunidade para os seus produtos.
No final de setembro de 2022 a Google contava com 186.779 trabalhadores, mais de 36.000 que em igual mês do ano anterior (150.028).
A decisão surge num momento em que outras gigantes tecnológicas anunciaram despedimentos de milhares de pessoas.
Nesta semana, a Microsoft comunicou a redução de 10.000 trabalhadores, cerca de 5% do seu total, e a Amazon iniciou o processo de despedimento de 18.000 pessoas.
Em 2022, as grandes empresas de tecnologia despediram mais de 150.000 funcionários em todo o mundo, destacando-se Twitter ou Meta (Facebook, Instagram e WhatsApp).