O gerontólogo e formador Gonçalo Caseiro Pereira é o candidato do Livre à Câmara de Viana do Castelo nas autárquicas de outubro, e elegeu o envelhecimento ativo como “uma das prioridades centrais para o futuro da cidade”.
“A população sénior está a crescer e é fundamental que a nossa cidade esteja preparada para responder a este desafio de forma positiva e inclusiva. O envelhecimento ativo e a qualidade de vida dos idosos devem ser objetivos estratégicos, com políticas públicas que garantam o acesso a cuidados de saúde adequados, habitação acessível e apoio social contínuo”, afirmou hoje o candidato à agência Lusa.
Natural de Lisboa mas a residir em Viana do Castelo, Gonçalo Caseiro Pereira, de 42 anos, é formado em Teatro pela Escola Profissional de Teatro de Cascais e licenciado em Educação Social Gerontológica pelo Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC).
Em 2024 foi candidato do Livre às eleições legislativas pelo círculo eleitoral da capital do Alto Minho.
O cabeça de lista propõe a promoção de “programas que facilitem a permanência dos idosos nas suas comunidades, com serviços de apoio domiciliário, centros de dia e ações que combatam a solidão e o isolamento social”.
“Além disso, vamos garantir o acesso a transportes públicos adequados e a criação de espaços públicos inclusivos, que permitam aos idosos manterem uma vida ativa e participativa. Viana do Castelo deve ser um modelo de cidade amiga dos mais velhos, onde a experiência e o conhecimento dos nossos cidadãos mais velhos sejam valorizados, e onde tenham um papel ativo na sociedade”, destacou.
O candidato do Livre apontou que os “dados da Carta Social de 2025 indicam que 19 estruturas residenciais para idosos ativas no concelho são frequentadas por 661 pessoas, sendo que a capacidade total é de 677 pessoas”.
“Existem 18 instituições com lista de espera. Os 14 Serviços de Apoio Domiciliário ativos servem 714 idosos e têm capacidade de resposta para 941 pessoas, havendo sete instituições com lista de espera”, referiu.
Para Gonçalo Caseiro Pereira, a candidatura do Livre “não é apenas sobre promessas, mas sobre ação e compromisso, com uma gestão responsável e transparente”.
“Vamos garantir que os recursos públicos sejam bem aplicados, sem desperdícios e com total prestação de contas à população. Quero ser um autarca para todos – não só para quem vive no centro da cidade, mas também para as aldeias e freguesias que muitas vezes se sentem esquecidas”, referiu.
Além do envelhecimento populacional, “o desemprego jovem e a falta de oportunidades, a desigualdade de acesso à educação e a habitação digna são alguns dos problemas” que identificou no concelho e que garante que, “com dedicação e ação concreta, pode transformar em oportunidades de crescimento e renovação”.
Para combater o desemprego jovem, Gonçalo Pereira propõe “criar mais incentivos para que empresas invistam na cidade e contratem jovens, especialmente em áreas de inovação, tecnologia e turismo, programas de estágios e parcerias com universidades locais”.
“O Instituto Politécnico de Viana do Castelo, também poderia ajudar a integrar melhor os jovens no mercado de trabalho”, disse.
Atualmente, o executivo de Viana do Castelo é composto por cinco eleitos pelo PS, um eleito pela CDU, um vereador independente (social-democrata que deixou o partido para integrar o Chega) e dois vereadores da coligação PSD/CDS-PP.
Para além do candidato do Livre, já apresentaram candidatura a Viana do Castelo o atual presidente Luís Nobre (PS), Paulo Morais (PSD), Duarte de Brito Antunes (IL), José Flores (PCP/PEV) e Carlos Torre (BE).
Nas autárquicas de 2021, o PS, que está no poder há mais de 30 anos, teve 45,05% dos votos, a coligação PSD/CDS-PP teve 24,59%, a CDU 10,04% e o BE 4,54%.
As eleições autárquicas realizam-se a 12 de outubro.
