A Guarda Nacional Republicana (GNR) vai envolver, entre 12 e 14 de maio, cerca de 700 militares na operação de segurança da Peregrinação Internacional ao Santuário de Fátima, informou o comandante do Comando Territorial de Santarém, tenente-coronel Pedro Graça.
Estes militares, de várias unidades e com múltiplas valências, terão como principal tarefa garantir a segurança do Santuário e dos peregrinos, sublinhou a major Mafalda Almeida, porta-voz da GNR, acrescentando haver a “expectativa de que esta peregrinação seja o evento com maior número de pessoas em Portugal antes da Jornada Mundial da Juventude”, que se realiza em agosto e durante a qual se espera a visita do Papa a Fátima.
Pedro Graça, por seu turno, estimou que a multidão de peregrinos esperada em Fátima para a primeira grande peregrinação do ano à Cova da Iria poderá atingir entre 250 e 300 mil pessoas, números verificados antes da pandemia.
Com patrulhas apeadas e a cavalo, um posto móvel de atendimento aos peregrinos e o recurso a drones, além de equipas cinotécnicas e de inativação de explosivos a postos, bem como elementos descaracterizados, a GNR vai aproveitar a peregrinação para “testar e ajustar o dispositivo” tendo em conta as necessidades que se verificarão em agosto com a segunda presença do Papa Francisco no Santuário.
A colaborar com os militares da GNR estará uma equipa multidisciplinar da Guardia Civil espanhola, dando continuidade a uma prática que vem sendo habitual desde há alguns anos.
Em conferência de imprensa realizada hoje, ao fim da manhã, em Fátima, a GNR anunciou, também, que para agosto “estão a ser preparadas mais bolsas de estacionamento”, em articulação com o Santuário de Fátima, tendo em conta que dois parques junto ao Centro Pastoral Paulo VI não vão nessa altera poder receber viaturas, uma vez que ali será instalada a Aldeia Jovem, para participantes na JMJ.
Questionada sobre um eventual aumento dos riscos de segurança, além dos habituais furtos em viaturas, os carteiristas ou as burlas, a porta-voz da GNR foi perentória: “se há mais pessoas, há mais riscos”, embora “não seja expectável que aconteça” em Fátima “alguma situação fora do padrão habitual”.
Mas “estamos sempre a preparar-nos para o pior”, disse a major.
Já quanto ao mês de agosto, Mafalda Almeida frisou que a JMJ em Fátima não será apenas a passagem do Papa, pois “muita gente quererá ir ao Santuário” nos dias em que estiver em Portugal e, logo depois da Jornada haverá a peregrinação de 12 e 13 de agosto, pelo que a operação se estenderá desde um período antes da visita de Francisco à Cova da Iria até ao fim das cerimónias da peregrinação.
As cerimónias, que assinalam o 106.º aniversário das aparições na Cova da Iria, serão presididas pelo cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado do Vaticano.
A presença de Parolin em Fátima é similar à que ocorreu em outubro de 2016, quando presidiu às cerimónias da última peregrinação aniversária daquele ano ao santuário, meses antes da visita do Papa Francisco, que em maio de 2017 canonizou na Cova da Iria os videntes Francisco e Jacinta Marto.
Desta vez, o Secretário de Estado do Vaticano estará em Fátima antes da esperada visita do Papa Francisco à Cova da Iria, no âmbito da Jornada Mundial da Juventude.
A peregrinação, cujo tema está ligado ao tema proposto pelo Papa Francisco para a JMJ – “Maria levantou-se e partiu apressadamente” – segue o programa habitual, com início no dia 12, sexta-feira, às 21:30, com o terço, seguindo-se a procissão das velas e a celebração da palavra, no altar do recinto.