A Guarda Nacional Republicana (GNR) disse hoje que usou aeronaves não tripuladas (conhecidas como ‘drones’) em 219 missões este ano, até 15 de setembro, e que têm sido úteis sobretudo na busca por pessoas desaparecidas.
Num comunicado enviado à Lusa, a GNR disse que os ‘drones’ da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS) fizeram já 1.290 voos e 554 horas de voo, não só em operações de emergência, proteção e socorro, mas também em missões policiais.
A GNR destacou as missões de busca a pessoas desaparecidas, nas quais o recurso a ‘drones’ “permitiu aumentar consideravelmente a probabilidade de sucesso na salvaguarda da vida humana, sendo, efetivamente, um meio diferenciador”.
A polícia usou ‘drones’ nas operações de resgate dos corpos dos cinco militares da UEPS que estavam dentro de um helicóptero de combate a incêndios florestais que caiu no rio Douro em 30 de agosto, quando regressavam de um fogo no concelho de Baião.
Também em julho, 18 militares da GNR, apoiados por uma equipa com ‘drones’, ajudou a encontrar uma idosa de 83 anos que estava desaparecida em Vila Verde da Raia, no concelho de Chaves, junto à fronteira com Espanha.
No comunicado de hoje, a polícia sublinhou ainda a projeção internacional desta unidade, nomeadamente no apoio prestado a Moçambique na sequência do ciclone Idai, que atingiu o país em março de 2019, e à Turquia, após o sismo de o6 de fevereiro de 2023.
A GNR acrescentou que os ‘drones’ podem ser usados também na vigilância e fiscalização da floresta, deteção e monitorização de incêndios rurais, mapeamento de áreas ardidas, no apoio ao policiamento de grandes eventos e na recolha de provas.
A polícia recordou que o uso dos ‘drones’ começou com a formação dos primeiros pilotos, em 2016, e passou pelas criação de “equipas dedicadas especificamente” a estas aeronaves no seio da UEPS, “distribuídas por todo o país”.