GNR fez limpeza do rio Laboreiro na Peneda-Gerês (e até retirou um carro)

Ambiente
Foto: DR

A GNR desencadeou na quarta-feira uma ação de limpeza do rio Laboreiro, em Melgaço, no Parque Nacional da Peneda-Gerês, em colaboração com outras forças e entidades, visando melhorar as condições ambientais e promover a uma ampla ação de sensibilização da população em geral, tendo sido removidas grandes quantidades de lixo e de detritos deste curso internacional do Minho e da Galiza.

Entre os detritos retirados estava até a carcaça de um carro, que os militares tiveram que desmantelar e retirar, numa complexa operação devido à difícil localização. Apesar de haver outras ações de limpeza, muitas vezes por iniciativa de associações e populares, para retirar estes “monstros”, lixo de maior dimensão, é necessário uma estrutura profissional, como é o caso.

Os militares foram equipados para o efeito e tiveram que desmantelar o carro no local para o conseguir retirar da ravina em que se encontrava, isto sempre com o maior cuidado para garantir que não são libertados fluídos contaminantes que pudessem poluir aquele rio cristalino.

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Através do Posto de Busca e Resgate em Montanha do Parque Nacional Peneda Gerês (PTRBM-PNPG), da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS), a ação caracterizou-se pela limpeza e retirada de resíduos existentes no rio Laboreiro, com o objetivo ainda de aproximar aquela subunidade da GNR a entidades públicas e privadas com quem interage no único parque nacional português.

Participaram na ação de limpeza o Município de Melgaço, Junta de Freguesia de Castro Laboreiro, empresa de animação turística Montes Laboreiro, ICNF / CNAF, ADERE PNPG, Escola Portuguesa de Salvamento – SARTEAM, Comando Territorial da GNR de Viana / SEPNA, UEPS e Escola Superior de Desporto e Lazer de Melgaço.

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A ação de limpeza decorreu durante todo o dia e teve a presença de diversas instituições locais, sendo que o PTBRM/PNPG promoveu esta ação de limpeza, sensibilizando as entidades turísticas, no sentido de elas próprias contribuirem para a melhoria da comunicação, sensibilização e gestão mais integrada dos visitantes no Parque Nacional da Peneda-Gerês, aumentando as condições de segurança dos visitantes do parque, através da adoção de condutas que permitam a mitigação de despejo de resíduos em ambiente de montanha.

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A GNR aconselha que os praticantes de caminhadas em montanha que visitam o Parque Nacional da Peneda-Gerês respeitem as recomendações de segurança visíveis no início de cada um dos percursos e todos os resíduos sejam colocados nos locais assinalados.

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Rio internacional do Minho/Galiza

O rio Laboreiro, também conhecido como rio Castro Laboreiro, acompanha grande parte do percurso entre Ameijoeira e o lugar da Vila. Nasce no Planalto de Castro Laboreiro, bem próximo da fronteira com a Galiza, correndo para sul na direção do rio Lima, onde desagua, em plena Albufeira do Alto Lindoso, sendo um ponto obrigatório, na Grande Rota 50 do Parque Nacional da Peneda-Gerês.

Foto: CM Melgaço
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Segundo a Adere Peneda-Gerês, “é o principal curso de água nesta zona noroeste do Parque Nacional e o principal responsável pela paisagem que aqui encontramos, separando a serra da Peneda dos ‘montes’ do Laboreiro (planalto) e foi também determinante no modelo de organização do povoamento em Castro Laboreiro, influenciando o assentamento dos lugares e da rede de caminhos, bem como construção de inúmeras pontes que possibilitam a ligação entre as margens, do Laboreiro”.

O Laboreiro é um rio internacional, marcando, no seu troço inferior, a fronteira entre Portugal e Espanha, mais precisamente a partir do marco de fronteira n.º 53 (próximo das inverneiras de Mareco e Ameijoeira) e até à albufeira do Alto Lindoso, cujas águas também são partilhadas pelos dois países e à semelhança de outros cursos de água de montanha, o rio Laboreiro forma pequenas lagoas naturais, de águas verdadeiramente cristalinas.

Ao longo do seu curso, sobretudo junto ao principal núcleo populacional (Castro Laboreiro), foram construídos vários moinhos, atualmente desativados ou convertidos para outros usos, sendo que o seu entorno ribeirinho são suporte de comunidades biológicas importantes, salientando-se os bosques ripícolas e as suas espécies faunísticas associadas, como o lagarto-de-água, a lontra, o melro-d’água e a boga-comum, refere a Adere Peneda-Gerês, que já atua no parque nacional desde 1993.

 
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