O Tribunal de Braga condenou a um ano e seis meses de prisão, com pena suspensa durante dois anos, um militar da GNR de Braga que, em 2018, se apoderou de 105 euros de uma carteira encontrada na via pública, avança o Jornal de Notícias (JN).
O militar da GNR de Braga ficou ainda obrigado a, no prazo de seis meses, doar mil euros à Liga Portuguesa Contra o Cancro.
Na sentença, de acordo com o JN, o juiz lembrou que o arguido pertence a uma instituição militar, o que agrava o crime.
A advogada Mariana Agostinho disse àquele jornal diário que vai ponderar eventual recurso. Se não o fizer, o militar, que se encontra suspenso da GNR, será de imediato alvo de um processo disciplinar.
O arguido negou em julgamento a intenção de ficar com o dinheiro, dizendo que o colocou num envelope numa gaveta para o entregar.
Foi denunciado pela mulher que encontrou a carteira e a entregou, em outubro de 2018, no posto da GNR de Braga, com documentos e 105 euros.
Segundo a acusação, citada pelo JN, o militar elaborou um “auto de achado”, mas só ele próprio assinou e sem mencionar o que se encontrava na carteira.
Posteriormente, ainda de acordo com aquele jornal, a cidadã, que ficou com o nome da dona da carteira, voltou à GNR a perguntar pelo destino do dinheiro e concluiu que o mesmo desaparecera e não constava dos registos.
Desencadeou-se, então, um processo interno, com a consequente participação criminal.
Após este episódio, o militar devolveu o dinheiro à proprietária.