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GNR ‘aperta’ em Fafe. Autarca pede para “não se inventar pretextos” para ‘furar’ confinamento
Covid-19
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À semelhança do que acontece em todos os concelhos com restrições face à pandemia, a GNR procedeu este sábado a ações de fiscalização em estradas de Fafe, de forma a evitar deslocações desnecessárias e para fora do concelho.
Na sexta-feira, o presidente da Câmara, Raúl Cunha, deixou um apelo aos habitantes para que cumpram rigorosamente a obrigação ao confinamento durante este fim de semana prolongado, assim como do próximo, sob os mesmos moldes.
Através de um vídeo publicado nas redes sociais do município, o autarca começa por dizer que Fafe tem vivido “dias difíceis” face à pandemia, mas tranquiliza a população, explicando que os números de casos são por 100 mil habitantes, número que não reflete o total de habitantes de Fafe.
“Neste momento, Fafe tem um número de fafenses afetados que vem crescendo a um ritmo de cerca de 80 novos casos por dia, o que nos coloca nos rankings dos municípios mais atingidos. Certamente vão ouvir notícias que temos mais de 2.000 casos por 100 mil habitantes. Felizmente não é isso. É um índice. Casos reais, são 80 por dia, o que dá uma média de 500 por semana, que perfaz mil nas duas últimas semanas, que quando se aplica a uma população de 100 mil habitantes, aponta para os 2.000.
“Infelizmente não somos uma ilha e toda esta região tem tido uma progressão da doença covid-19 que nos preocupa a todos, mas, felizmente, a situação tem vindo a controlar-se”, refere Raúl Cunha.
O autarca diz ser possível “encontrar alguns indicadores que sugerem que esta progressão está a reduzir a velocidade de crescimento da doença”, apesar da “localização geográfica de transição do litoral para o interior” que, alega, prejudica o concelho neste contexto.
“Quero deixar um apelo para que no fim de semana possamos aproveitar para fazer um confinamento durante estes quatro dias que se repetirão daqui a uma semana. com esperança de que resultado possamos travar a evolução da doença e conseguir trazê.la para valores abaixo do que temos atualmente e reduzir a pressão do Hospital de Guimarães que tem sido sobrecarregado com muitos casos da área de influência”, sublinha o autarca.
“Reitero, esta doença depende do nosso cuidado e comportamento, por isso apelo que todos respeitem as indicações da DGS, lavar as mãos, usar máscara, evitar aglomerados e convívios familiares e aproveitar o fim de semana para nos mantermos em casa, saindo só com justificação ou necessidade real e não inventar pretextos para furar as recomendações e andar em convívios que são de todos desaconselhados”, reforça.
“Aposto muito na responsabilidade dos fafenses como já na primeira vaga enfrentaram a doença, de forma a achatar a curva e enfrentar juntos esta pandemia que tanto nos preocupa”, finalizou o autarca.
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Guimarães
“Acusaram uma cidade inteira de ser racista”, diz André Ventura em Guimarães
Eleições presidenciais 2021

A campanha presidencial do candidato André Ventura passou hoje por Braga e Guimarães, com o discurso a ser feito na cidade-berço, em frente ao castelo que outrora albergou o primeiro rei de Portugal.
E foi com ‘alegorias’ do castelo que o líder do Chega encantou a cerca de uma centena de apoiantes que se encontraram no Campo de S, Mamede, vindos de vários pontos do distrito.
Depois das habituais críticas ao Governo face à gestão da pandemia, onde apontou ser “uma vergonha” que Portugal esteja entre os países com maior incidência de casos no mundo, Ventura falou de racismo.
“Não podia vir a Guimarães sem falar de racismo. Acusaram-me, e a muitos de vós, de sermos racistas. Acusaram uma cidade inteira de ser racista. Acusaram-nos do pior sem saber”, disse, quando foi interrompido por um coro que clamava pelo seu nome.
A alguns metros, grupos antifascistas entoavam cânticos de “racistas” para os apoiantes do comício. No meio, a PSP assegurava que não existiam confrontos.
E Ventura prossegui; “Acusaram-nos de ser racistas e aqui em Guimarães temos de deixar para sempre claro que não somos racistas, só não queremos é uns a trabalhar e outros a beneficiar, nem minorias a viver acima da lei. Não somos racistas, somos portugueses que amamos este país”, vincou.
Sob forte aparato de meios policiais, do lado da Igreja de São Dâmaso, não mais do que 50 manifestantes antifascistas (“antifas”) chamaram racista e fascista ao candidato presidencial.
Com o conforto da aparelhagem sonora, o triplo das gargantas (cerca de 200), os militantes da força política abafaram os protestos, aclamando o seu “Presidente” e vociferando “ide trabalhar, seus comunas”.
Tudo isto debaixo do “dever geral de recolhimento domiciliário” para combater a pandemia de covid-19, num dia em que morreram mais 152 portugueses devido à infeção com SARS-Cov-2, num total de 8.861 mortes desde março.
“25 de Abril sempre, fascismo nunca mais” e “racistas, fascistas não passarão” foram palavras de ordem dos “antifas”, mantidos à distância do comício por um contingente de várias dezenas elementos da PSP, no histórico recinto de terra batida, convertido em parque de estacionamento gratuito.
Segundo fonte policial, “até houve um reforço de elementos do comando distrital de Braga”. A Lusa testemunhou no local: postos de controlo da circulação automóvel, cinco carrinhas do Corpo de Intervenção da Unidade Especial de Polícia e vários carros e motos de patrulha.
O comandante da “operação de segurança, no âmbito do estado de emergência” disse à Lusa que tudo estava “a decorrer dentro da normalidade”, mesmo com “alguns grupos de contra-manifestantes”, mas escusou-se a confirmar o empenhamento de cerca de 50 agentes “por razões de segurança”, preferindo apenas falar de um “contingente considerado adequado”.
Antes da chegada do concorrente ao Palácio de Belém, os seus apoiantes foram animados por música, com a muito bem sucedida canção antirracista de 1991 do artista e compositor norte-americano Michael Jackson, “Black or White”.
Ao mesmo tempo, a organização foi apelando ao uso de máscara e à manutenção da distância física entre participantes de “pelo menos dois metros”.
“O protesto é o dever cívico de todos os humanistas e feministas contra o crescimento do ódio, da divisão, da mentira e do neofascismo. Sou independente, mas tenho uma posição política contra a extrema-direita e o crescimento da corrupção. Eles (Chega), supostamente, querem acabar com a corrupção, mas pretendem é o monopólio dela”, disse um dos manifestantes, Luís Lisboa.
O professor de artes performativas com 41 anos queixou-se de que a manifestação não estava a ser permitida, pois os agentes de autoridade ordenaram o abandono de “cartazes e bandeiras”.
“A polícia já nos abordou umas 10 vezes e fomos empurrados aqui para trás. A única forma de estarmos aqui foi dizer que vínhamos assistir ao comício. Como vê há aqui mais polícias do que militantes do Chega”, lamentou, sem querer revelar a sua candidata ou candidato presidencial favorito, mas garantindo que “é da esquerda, que devia ter uma candidatura única”.
Já Daniela Geraldes, gerente de uma loja de tatuagens e `piercings´, 31 anos, assumiu ir votar na ex-eurodeputada do PS Ana Gomes.
“Não é que ela englobe tudo aquilo de que gosto, mas é para que o Ventura não fique em segundo lugar. Não tenho filiação partidária, mas normalmente votaria no João Ferreira ou Marisa Matias”, declarou.
Para Daniela, “os maiores corruptos são estas pessoas, basta ver o programa político do Chega”.
“Viemos cá para dizer que Guimarães não é só uma cidade de bairristas e nacionalistas. Portugal nasceu aqui, mas é só isso. Há pessoas que o apoiam, mas também há muitas outras contra ele”, assegurou, acrescentando que, “numa altura tão sensível, o tipo de discurso que esta pessoa tem – e os que o apoiam, porque ele acaba por ser um boneco, no meio disto – é muito perigoso porque há muito desespero e quem acabe por se deixar ir na cantiga”.
A médica-dentista Ana, 27 anos, mostrou-se “totalmente contra as coisas e ideias completamente antissociais” de Ventura.
“Não tenho nenhum partido. Sou mais centralista, um bocadinho dos dois. Vou votar talvez na Marisa Matias. Até tenho votado mais no PSD. Tenho ideias de direita e de esquerda, as coisas são igualmente importantes, a economia e o social”, defendeu.
As eleições presidenciais, que se realizam em plena epidemia de covid-19 em Portugal, estão marcadas para 24 de janeiro e esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.
A campanha eleitoral começou no dia 10 e termina em 22 de janeiro.
Concorrem às eleições sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).

Quatro pessoas sofreram ferimentos na sequência de agressões na via pública no concelho de Famalicão, este domingo, apurou O MINHO junto de fonte dos bombeiros.
A situação ocorreu ao início desta tarde na Rua do Monte, freguesia de Telhado, com o alerta para as autoridades a ser dado pelas 14:26.
Sem especificar os motivos da altercação, ou sequer porque estariam pessoas na via pública durante o confinamento geral, o pedido de auxílio mobilizou três ambulâncias dos Bombeiros Famalicenses e duas viaturas da GNR.
Os feridos, todos ‘ligeiros’, foram encaminhados para o Hospital de Famalicão com hematomas e escoriações.
As forças de segurança estão a apurar o que terá originado as agressões.
Guimarães
ASAE fiscalizou incumprimento do confinamento em operação que passou por Guimarães
Confinamento

A ASAE instaurou hoje um processo-crime por especulação de preços e 19 contraordenações por incumprimento das medidas adotadas para conter a pandemia de covid-19, além de ordenar o encerramento de quatro estabelecimentos de restauração e bebidas.
Em comunicado, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), diz que “foram fiscalizados 198 operadores económicos, tendo sido instaurado um processo-crime por especulação de preços e 19 processos de contraordenação dos quais se destaca a falta de cumprimento das regras de ocupação, permanência e distanciamento físico nos locais abertos ao público e a falta de cumprimento das regras relativas a restrição, suspensão ou encerramento de atividades”.
Foi ainda determinada a suspensão da atividade em quatro operadores económicos da restauração e bebidas “pela existência de clientes no seu interior”, indica a ASAE.
A autoridade lembra que, com o estado de emergência, “esta atividade apenas poderá ser exercida para efeitos de confeção destinada ao consumo fora do estabelecimento, seja através de entrega ao domicílio, diretamente ou através de intermediário, ou para disponibilização de refeições ou produtos embalados à porta do estabelecimento ou ao postigo (‘take away’)”.
As ações de fiscalização contaram com cerca de 30 inspetores e decorreram nos concelhos de Guimarães, Lisboa, Porto, Matosinhos, Lamego, Coimbra, Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Santarém, Faro e Évora.
A operação foi direcionada a operadores económicos cuja atividade se encontra sujeita a novas regras de funcionamento, “tendo como principal objetivo a verificação do cumprimento integral das regras de lotação, ocupação, permanência e distanciamento físico em espaços públicos e estabelecimentos comerciais, bem como o cumprimento da determinação de suspensão de determinados tipos de instalações, estabelecimentos e atividades”, lê-se no comunicado.
A ASAE afirma que continuará a desenvolver “ações de fiscalização no âmbito das suas competências, em todo o território nacional, para garantia do cumprimento das regras de saúde pública determinadas pela presente situação pandémica”.
O decreto do Governo que regulamenta o novo confinamento geral devido à pandemia de covid-19 entrou em vigor às 00:00 de sexta-feira e decorre até 30 de janeiro.
Entre as restrições, o diploma prevê o encerramento do comércio e restauração, com exceção dos estabelecimentos de bens e serviços essenciais.
Os restaurantes e similares podem funcionar apenas em regime de ‘take away’ ou entregas ao domicílio.
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