O jornal O Globo aponta “a desconhecida” Póvoa de Lanhoso como o ‘El dorado’ para brasileiros em Portugal que possam trabalhar de forma remota (acesso exclusivo a assinantes), ganhando mais espaço e qualidade de vida em relação aos grandes centros urbanos.
“Sem a pressão da especulação imobiliária e escassez de empregos das grandes cidades, cada vez mais brasileiros descobrem a possibilidade de ter mais espaço para trabalhar e viver com mais qualidade e menos custos no coração de Portugal”, aponta a peça assinada por Gian Amato.
O Globo escreve que “no norte do país, a desconhecida Póvoa do Lanhoso, na região de Braga, foi descoberta por um casal de brasileiros nestes tempos de confinamento”.
“Conhecida como a Cidade do Ouro, devido ao ofício desenvolvido há séculos ali pelos ourives locais, o município a 70 quilómetros do Porto virou um eldorado para a consultora imobiliária Marina Perin e seu marido, o advogado Otávio Cyranka, em plena pandemia”, escreve a publicação.
O casal que dá corpo à reportagem refere que, durante o confinamento, descobriu que precisava de mais espaço para trabalhar. Moravam num apartamento pequeno, 40 metros quadrados, de um quarto com cozinha micro, no centro do Porto, pelo qual pagavam 550 euros,. Quando procuraram um maior, perceberam que era tudo muito caro e então descobriram a Póvoa do Lanhoso.
Arrendaram um apartamento com três quartos com 120 metros quadrados e entrada independente para um escritório por 385 euros.
Como a maior parte do trabalho do casal é feita a partir de casa, não sentem necessidade de viver num grande centro urbano. E em caso de urgência, o Porto está a uma hora de distância.
O casal nota que reduziu gastos e ganhou espaço e qualidade de vida. “A cidade é uma vila, não tem ninguém na rua. Moramos ao lado de um parque e deixamos para trás a claustrofobia que veio com a quarentena, quando revezávamos a mesa entre o jantar e o trabalho”, refere a mulher do casal ao jornal brasileiro.