Declarações dos treinadores do Gil Vicente e do Sporting, Daniel Sousa e Rúben Amorim, no final da partida em atraso da 25.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, que terminou com um empate 0-0. O Gil Vicente ainda não perdeu em casa desde que Daniel Sousa assumiu o comando da equipa de Barcelos em novembro de 2022.
– Daniel Sousa (treinador do Gil Vicente): Tinha a convicção de que podíamos conseguir um bom resultado. Senti a importância de termos treinado bem durante a semana, mesmo vindo de duas derrotas.
Era uma convicção, e não arrogância, porque sabíamos que íamos defrontar um adversário com grande qualidade e que nos criou muitas dificuldades. Mas a equipa respondeu bem.
Queremos ganhar todos os jogos, e a equipa tem estado bem. Sendo um adversário do topo da tabela, claro que a motivação é maior, mas temos estado quase sempre a um bom nível.
Foi importante manter a invencibilidade em casa. Tínhamos um objetivo temporal para a manter e já ultrapassámos o que definimos. Queremos continuar a mantê-la, mesmo sabendo que ainda teremos jogos muito difíceis pela frente. Chegámos aos 30 pontos, mas queremos mais”.
– Rúben Amorim (treinador do Sporting): “Faltou-nos marcar golos e tomar melhores decisões. Tivemos várias situações para chegar à vantagem, mas não conseguimos acertar no último passe e o jogo acabou por se complicar.
Até controlámos bem o Gil Vicente, que é perigoso nas suas rotações, e dominámos o jogo, sobretudo na segunda parte, mas, quando não se marca, não se ganha.
Não aproveitámos as oportunidades nem as várias ocasiões para fazer a diferença. Faltou-nos tomar melhores decisões. Temos de ser melhores. Faltou um ‘instinto matador’.
Saio frustrado, e é difícil explicar tudo agora, mas daqui a meia hora já me passa. O importante é ver que o nosso jogo está melhor, mesmo tendo coisas para crescer.
Tivemos o mérito de travar o Fran Navarro e o Murilo [atacantes do Gil Vicente], mas depois, quando tínhamos de matar o jogo com golos, não conseguimos
Crescemos muito ultimamente, mas ainda nos falta ter alguma maturidade. Sinto que os jogadores deram tudo, mas ainda temos de acertar certas coisas.
Tem sido um ano difícil, e, se tivermos de voltar para a estaca zero, iremos fazê-lo, porque já nos aconteceu.
Os adversários que estão à nossa frente [na classificação] ficam com mais folga. Há alguma frustração, mas não penso no que vai acontecer no futuro. Agora, só penso em regressar ao trabalho amanhã, para preparar o jogo com o Casa Pia”.