Gerês: Grupo corrido com paus e ferros. Já há três arguidos no caso da pancadaria em Rio Caldo

Jovem agredido e dono de restaurante já apresentaram queixa
Foto: DR

O caso da pancadaria em Rio Caldo, no concelho de Terras de Bouro, em que um jovem foi agredido ao final da tarde de terça-feira por um grupo de emigrantes, já tem três arguidos, todos constituídos no Posto Territorial da GNR da Vila do Gerês.

Segundo apurou O MINHO, os três arguidos, que fugiram com um menor para dentro de um restaurante, na zona das Pontes, em Rio Caldo, emigrantes em França, mas encontrando-se de férias em Portugal, são suspeitos de agredirem o jovem geresiano.

Na origem dos incidentes, que levaram a uma intervenção de diversas patrulhas da Guarda Nacional Republicana, terá estado um desentendimento, a meio da tarde de terça-feira, gerado durante a utilização de “boias radicais”, na Praia do Alqueirão.

Depois, a dada ocasião, terão atirado lixo, propositadamente, para dentro de um quiosque de madeira onde se vende artesanato, tendo sido chamada a atenção para o insólito da situação.

Na sequência, o grupo terá agredido um homem de 30 anos, que sofreu escoriações por todo o corpo, provocando uma onda de indignação entre outros turistas.

Ninguém quer dar a cara em Rio Caldo

Ao longo de toda esta quarta-feira, apesar da gravidade localmente atribuída à cena de pancadaria, ninguém quis dar a cara e explicar o que sucedeu, não só em Rio Caldo, como anteriormente, na Praia do Alqueirão, em Vilar da Veiga, na outra margem.

Sabe-se, a partir de depoimentos, todos às escondidas das câmaras jornalísticas, que depois da agressão ao jovem geresiano, que por sua vez também é emigrante, mas na Suíça, os acontecimentos violentos tiveram a segunda fase, no outro lado do rio.

Corridos a pau e ferros

Munidos de paus e de ferros, um grupo de portugueses, naturais e residentes em Vilar da Veiga, revoltados com as agressões ao jovem geresiano, foram em perseguição do grupo de emigrantes portugueses, que correram, desenfreadamente, pela ponte.

Perseguidos pelos conterrâneos da sua vítima, os emigrantes em França fugiram, em várias direções, mas uma parte do grupo acabou por ficar encurralado dentro de um restaurante, tratando-se de três adultos e de um menor, depois resgatados pela GNR.

Viveram-se momentos muito agitados em Rio Caldo, temendo-se mesmo que o desfecho fosse muito pior, devido à maneira bárbara como o jovem geresiano foi agredido ainda nas imediações da Praia do Alqueirão, em Vilar da Veiga, Terras de Bouro. 

Duas queixas na GNR do Gerês

Entretanto, quer o jovem agredido, quer o dono do restaurante na zona das Pontes de Rio Caldo, onde os emigrantes agressores se refugiaram, apresentaram queixa dos três, aqueles que estavam com o menor, bem como contra desconhecidos, os restantes.

O proprietário do restaurante, além dos danos provocados pela súbita entrada em cena dos emigrantes, não só ficou sem receber o pagamento das refeições abruptamente interrompidas, como também deixou de ter mais clientes, a partir do início da noite.

A GNR da Vila do Gerês teve que recorrer a todos os reforços disponíveis para a situação ficar sanada, o que mesmo assim só se verificou, com a sucessiva chegada de patrulhas de Terras de Bouro, Vieira do Minho, Póvoa de Lanhoso, Amares e Braga.

 
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