Gelatinosa que provoca queimaduras severas avistada em praia de Vila do Conde

Um exemplar de caravela-portuguesa (Physalia physalis), uma espécie de gelatinosa com propriedades tóxicas mesmo depois de morta, deu esta semana à costa numa praia de Vila do Conde.

De acordo com o programa de observação e registo deste tipo de gelatinosas, o GelAvista, da responsabilidade do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o avistamento ocorreu na Praia da Árvore.

Fonte: GELAVISTA

No final de abril, altura em que um exemplar semelhante tinha sido avistado na Póvoa de Varzim, o IPMA sublinhou que não só não devemos tocar numa caravela-portuguesa, como devemos avisar todas as pessoas que se encontrem nas imediações para não fazerem o mesmo: “Localizadas nos tentáculos, as suas células urticantes são capazes de causar queimaduras severas, mesmo após a morte do animal”.

Para o IPMA, e “uma vez que esta é a espécie mais perigosa de gelatinosos que ocorre no país, nunca é demais alertar para os cuidados a ter em caso de contacto inadvertido com a mesma”.

“Comece por lavar a zona afetada cuidadosamente com água do mar sem esfregar, remova então possíveis vestígios da pele com uma pinça e aplique compressas quentes (40º C) durante 20 minutos ou vinagre sem diluir. Por fim, dependendo da gravidade da situação, procure um profissional de saúde”, avisa o instituto.

AVISTAMENTO NO FAIAL, AÇORES. FOTO: JOÃO GARCIA

Os dados foram facultados pelo projeto de ciência cidadã GelAvista, que realiza, desde 2016, a monitorização de gelatinosos em toda a costa portuguesa.

“Trata-se de um projeto do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) que desafia os cidadãos a contribuir para o desenvolvimento da ciência através da comunicação de avistamentos das espécies que ocorrem no país”, lê-se no comunicado.

Esta espécie, que flutua à superficie das águas, movida a vento, tem tentáculos que podem atingir os 50 metros de comprimento.

Segundo a OMS, “no caso de haver contacto com os tentáculos de uma caravela-portuguesa deve-se tentar remover, usando apenas água do mar, todos os pedaços que estejam agarrados à pele, devendo-se procurar assistência médica assim que possível”.

 
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