Neste Artigo
- Também avistado em Esposende há duas semanas
- Possui uma câmara flutuante e uma vela, lembrando mesmo um veleiro
- Nunca causou problemas de saúde a ninguém
- A ‘prima’ caravela-portuguesa é a que não se pode tocar
- Diferenças entre Veleiro e Caravela-portuguesa
- Lista de avistamentos registados pelo projeto Gelavista do IPMA na última semana
Um exemplar do cnidário veleiro (Velella Velella), um ser monotípico flutuante com toxinas e uma estrutura triangular que parece uma vela foi encontrado esta semana na praia de Vila Praia de Âncora, em Caminha, aumentando o número de avistamentos de organismos gelatinosos que têm ocorrido na costa portuguesa. Apesar de ser considerada inofensiva, pode causar alergia a pessoas com pele mais sensível.
Também avistado em Esposende há duas semanas
Ao que O MINHO apurou junto do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o registo desse veleiro já foi submetido ao projeto de ciência cidadã apoiado pelo instituto, o Gelavista, situação idêntica ao outro avistamento do género que ocorreu há duas semanas, na praia de Apúlia, em Esposende, bem como noutras praias fora do âmbito minhoto que listaremos mais abaixo.

Segundo o IPMA, o aparecimento deste animal hidrozoário na costa portuguesa, em particular no Minho, é uma ocorrência comum. A distribuição desta espécie ocorre um pouco por todo o mundo.
Possui uma câmara flutuante e uma vela, lembrando mesmo um veleiro
De acordo com a definição do Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora, consultado por O MINHO, desde 2020 que a Velella velella está registada com a definição :”um celenterado hidrozoário, encontrado em flutuação livre em águas marítimas quentes e temperadas”.
“Pode atingir cerca de sete centímetros de comprimento e tem uma câmara de flutuação azulada, encimada por uma estrutura triangular rígida e translúcida que se mantém acima da superfície da água (permitindo a deslocação por ação do vento) e pequenos tentáculos urticantes pendentes na parte inferior”.

Nunca causou problemas de saúde a ninguém
O instituto do mar admite que não “há evidências de queimaduras ou problemas de saúde associados, por isso é considerada inofensiva”. Contudo, pode causar uma breve reação alérgica em pessoas com maior sensibilidade
O IPMA adverte que por o ser possuir pequenos tentáculos que são “ligeiramente urticantes”, é “aconselhável evitar o contacto direto com os mesmos de forma a evitar potenciais reações alérgicas, em caso de maior sensibilidade”.
A ‘prima’ caravela-portuguesa é a que não se pode tocar
Como sabemos, até porque O MINHO tem noticiado, há cnidários que são bastante tóxicos, e um deles tem um nome que nos diz muito – caravela-portuguesa (Physalia physalis) -, por ter uma forma associada à caravela, e também tem surgido nas praias portuguesas na última semana, mas desta vez em nenhuma do Minho.

O IPMA explica que estas duas espécies podem ser confundidas por apresentarem algumas semelhanças como a cor azulada e o facto de flutuarem à superfície do mar, e frequentemente avistadas na nossa costa no verão, e salienta as diferenças.
Diferenças entre Veleiro e Caravela-portuguesa

Velella velella (veleiro): flutuador em forma de “vela” triangular achatada, de pequenas dimensões (1 a 8 cm), tentáculos curtos. Na maioria dos casos não representa perigo para os banhistas, mas pode provocar alguma alergia ou irritação.
IPMA

Physalia physalis (caravela-portuguesa): flutuador em forma de “balão”, em geral, de maiores dimensões que a Veleiro. Com tentáculos de 30m, são muito urticantes, capazes de provocar graves queimaduras e outros problemas em pessoas de saúde mais frágil.
IPMA
Lista de avistamentos registados pelo projeto Gelavista do IPMA na última semana
Caravelas-portuguesas
- Praia do Baleal Sul (#peniche)
- Porto da Praia (#santacruz#graciosa)
- Porto Formoso (#ribeiragrande)
- Piscinas naturais dos Caneiros (#pontadelgada)