A Geira Romana (Via XVIII) é “a jóia da coroa” de Terras de Bouro, destacou a O MINHO a vereadora Ana Genoveva Araújo, que tutela os pelouros da Cultura e da Educação, fazendo o balanço dos achados arqueológicos na também chamada Via Nova.
Um grupo de seis estagiários de arqueologia da Universidade do Minho, enquadrados por três professores e investigadores daquela instituição de ensino superior, descobriu já a meio da última semana uma pedreira de onde era retirada matéria-prima.
“Temos dezenas de marcos miliários do império romano, ao longo de 30 quilómetros do nosso território, naquela que constitui a maior concentração desses padrões em granito de toda a Europa”, diz a vereadora.
Ana Genoveva Araújo reiterou que os achados de negativos com as marcas de cunhas de madeira na pedreira, situada no início da Milha XVI, no Penedo dos Teixugos, entre as freguesias de Balança e de Chorense, dizem bem do potencial dos trabalhos.
Para a vereadora da Câmara Municipal de Terras de Bouro, os resultados dos trabalhos arqueológicos, como as mais recentes descobertas, “reforçam a candidatura da Geira Romana, que já é Monumento Nacional, para ser Património da Humanidade”.
A Via Romana XVIII, designada em Portugal como Geira Romana e em Espanha já como Via Nova, ligava Bracara Augusta (Braga) e Asturica Augusta (Astorga) no total superior a 300 quilómetros, estando a completar agora exatamente dois milénios.
Com poucos vestígios em Braga, em cujo Museu D. Diogo de Sousa estão reunidos alguns miliários, a Geira Romana tem uma grande quantidade daqueles padrões em granito, que serviam para assinalar as milhas e colocar o nome dos seus sucessivos imperadores, principalmente nos concelhos de Amares e de Terras de Bouro, mas em especial no município situado no Gerês.