A Galeria de Arte Contemporânea “Ala da Frente”, em Vila Nova de Famalicão, acolhe até 23 de janeiro uma exposição com obras de Rui Chafes, vencedor do Prémio Pessoa 2015, anunciou esta sexta-feira a câmara local.
De acordo com informação remetida às redações em causa estão “esculturas de grande dimensão” que põem o público em contacto com a matéria do trabalho de Rui Chafes, enquanto o curador do espaço cultural, o artista plástico António Gonçalves fala “numa presença do silêncio e da poesia, manifestados nestas formas que habitam o espaço”.
“O acontecimento da obra feito pela interrogação, pela inquietação e adensado na temporalidade. Aqui, a ordem do corpo é desviada de uma convenção tradicional, permitindo-se estar nesta matéria dominada pelo fogo, que lhe dá os movimentos e a formas”, refere António Gonçalves.
As obras em exposição têm como nome “Inferno XXXV”, “Escurecer e Arrefecer” e “Confiai nos Sonhos”.
Rui Chafes venceu o Prémio Pessoa, organizado pelo semanário Expresso em parceria com a Caixa Geral de Depósitos, que reconhece a intervenção de uma personalidade portuguesa na vida cultural e científica do país, e distingue este ano, pela primeira vez, um escultor.
Trata-se de um artista que nasceu em Lisboa, em 1966, e é licenciado em escultura pela Escola Superior de Belas Artes da Universidade de Lisboa.
Entre 1990 e 1992, Chafes estudou com Gerhard Merz, na Kunstakademie, em Dusseldorf, na Alemanha. É durante a sua estadia na Alemanha que traduziu “Fragmentos de Novalis” (1992), que ilustrou com desenhos seus.
Em 1995 representou Portugal, juntamente com José Pedro Croft e Pedro Cabrita Reis, na 46.ª Bienal de Veneza e em 2004 na 26.ª Bienal de S. Paulo, com um projeto conjunto com Vera Mantero.
Em 2013 foi um dos artistas internacionais convidados para expor no Pavilhão da República de Cuba na 55.ª Bienal de Veneza. Em Portugal, realizou exposições individuais em importantes instituições e o seu trabalho está representado em diversas instituições europeias.