Fuzileiros tentam resgatar aeronave que caiu no Alto Rabagão há 25 anos

Seca histórica possibilitou operação

A Marinha portuguesa, através da força de Fuzileiros, encontra-se a tentar identificar os restos de uma aeronave que caiu, há cerca de 25 anos, na albufeira do Alto Rabagão, em Montalegre, de forma a perceber se será possível a extração da mesma.

O desastre aconteceu quando uma aeronave encontrou dificuldades para aterrar num aeroporto da região, devido a um problema hidráulico, acabando por tentar uma amaragem de emergência nesta barragem, algo que não foi muito bem sucedido, uma vez que o avião acabou por se despenhar e ir ao fundo. Os dois pilotos conseguiram escapar com vida, porém a aeronave lá ficou.

Aproveitando o período de seca que levou a uma redução histórica do nível das águas desta barragem, a autoridade quis perceber se estão reunidas as condições para esta operação de resgate, que até então parecia bastante inviável.

Fernando Baptista, comandante da força dos Fuzileiros, explicou que a Marinha entendeu que, com o baixar do nível da água, “foram criadas condições para extrair a aeronave”. Esta operação é dividida em quatro “grandes fases”, encontrando-se em curso já a segunda, que consiste na “localização exata da aeronave”, com recurso a “um pequeno robot que permite fazer sondas na parte mais submersa, e a um sonar, que detetará onde a mesma se encontra”.

Citado num vídeo publicado pela Câmara de Montalegre, Fernando Baptista adianta que a terceira fase será a extração e reflutuamento (colocá-la novamente à tona da água) da nave, e a quarta passará pela retirada de todos os meios empenhados pelos Fuzileiros, e também dos militares.

O grupo de fuzileiros, salienta o responsável, é composto por 15 elementos, vindos de diferentes unidades do país, algo que permite “cumprir a tarefa” de forma multifacetada: “Temos um grupo de mergulhadores da Armada, um grupo de drones para mapeamento aéreo, e ainda operadores das embarcações a dar apoio”.

Não há, ainda, estimativa sobre a longevidade desta ação, uma vez que numa fase inicial foi apenas solicitada a identificação do local onde se encontra o aparelho acidentado. “Mas se virmos que é possível extrair a nave, assim o faremos, mas a missão é identificar a aeronave e perceber se é possível extrair”, concluiu Fernando Baptista.

 
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