Vinte estudantes de Medicina da Universidade do Minho vão, entre 27 e 30 de agosto, monitorizar a saúde e acompanhar os idosos de localidades isoladas de Monção.
Trata-se da 13.ª edição da iniciativa “Aldeia Feliz”, promovida pelo Núcleo de Estudantes de Medicina da UMinho (NEMUM), com o apoio do Município de Monção.
Em comunicado, a academia minhota adianta que os alunos vão visitar domicílios, bem como lares e centros de dia daquele concelho do Alto Minho.
Este ano vão também proferir palestras sobre alcoolismo, saúde mental ou sexualidade, em articulação com as juntas de freguesia.
“A intenção é alargar o acesso à informação para esta população, por vezes afastada dos cuidados primários oferecidos pelo centro de saúde ou limitada no contacto com o médico de família”, salienta a UMinho.
Os rastreios de doenças cardiovasculares, através da medição da tensão arterial e da glicemia, a sensibilização para hábitos de vida saudável e o combate ao isolamento na terceira idade são os principais objetivos da “Aldeia Feliz”.
O projeto arrancou em 2014, apoiando então 150 idosos a viver na Parque Nacional da Peneda-Gerês.
A cada verão, já percorreu aldeias de Arcos de Valdevez, Vila Pouca de Aguiar, Cerveira, Paredes de Coura, Braga, Ponte da Barca, Viana do Castelo, Valença e, agora, Monção. Em 2018, o projeto foi finalista do Prémio Nacional Voluntariado Universitário do Banco Santander.
“Ficam sempre gratos”
“O impacto da iniciativa tem sido muito bom ao longo dos anos, as pessoas idosas ficam sempre agradecidas pelos rastreios e sobretudo pela companhia, pois a solidão e o envelhecimento são uma realidade emergente da nossa sociedade, com sérios riscos para a saúde”, afirma o presidente do NEMUM, Pedro Azevedo, citado no comunicado.
“Enquanto cidadãos e futuros médicos, temos um papel importante no combate a esta emergência social, por isso decidimos pôr mãos à obra e também ganhamos muita experiência e conhecimento com estas pessoas”, conclui.