“Os fundos da União Europeia (UE) que virão para a recuperação da economia nacional nos próximos anos não podem menorizar ou excluir os municípios, como sucedeu no atual Quadro Comunitário de Apoio”, defende Ricardo Rio, em declarações a O MINHO.
O presidente da Câmara de Braga Ricardo Rio considera não ser aceitável a filosofia de que as autarquias locais só investem em obras de cimento e sem grande interesse para a modernização do país: “Está demonstrado que contribuímos para a competitividade da economia, através, por exemplo, do apoio ao investimento nacional e estrangeiro, e somos insubstituíveis em matéria de coesão social”.
Sobre o grande volume de dinheiro que virá para Portugal, mais de 50 mil milhões, na sequência do acordo alcançado em Bruxelas pelos líderes dos 27 países da União Europeia, o edil salienta que “é preciso que sejam bem investidos na economia, mas que o todo nacional não seja esquecido, e que sirvam propósitos de coesão territorial”.
Ricardo Rio, que é, também, atualmente, presidente da associação intermunicipal luso-galaica Eixo Atlântico e membro do Comité das Regiões da UE, defende que as verbas comunitárias devem ser aplicadas não só no setor público, mas também no privado, e que abranjam a investigação e a inovação, contemplando universidades e politécnicos com destaque para a UMinho, o INL- Laboratório Internacional de Nanotecnologia e centros de investigação como o 3b’s, a Tecminho e outros.
“O acordo conseguido em Bruxelas é crucial para a continuidade da UE mas também para o futuro do nosso país, pelo que é essencial que seja bem aproveitado e de forma equilibrada e equitativa”, frisou.
O Conselho Europeu chegou esta semana a acordo para um fundo de recuperação económica para responder à crise pandémica.