Assegurado o financiamento de 308 mil euros através do Plano de Recuperação e Resiliência, a histórica igreja de São Miguel do Castelo, em Guimarães, já se encontra em obras de reabilitação, estando, por isso, encerrada ao público ao longo dos próximos tempos.
O anúncio foi feito hoje pela Direção Regional de Cultura do Norte, explicando que “a remodelação abrange a substituição das coberturas e de todo o sistema elétrico, no âmbito de um projeto que vai permitir a renovação da museografia deste monumento”.
Esta igreja, situada entre o Paço dos Duques e o Castelo de Guimarães, data de 1216 e foi inaugurada em 1239 pelo arcebispo de Braga, Silvestre Godinho, segundo constava numa inscrição, hoje desaparecida.
De acordo com o historiador Manuel Monteiro, a igreja é “uma construção nítida e tipicamente românica pelo seu aparelho e pelo desenho das suas portas, cornijas e modilhões”, e “um templo de dimensões pouco avantajadas, construído no granito de dente grosseiro da região, sem grandes atavios decorativos, de planta retangular, de uma só nave, com capela-mor também retangular, sem siglas de canteiro e com teto em madeira”.
Segundo a Direção Geral da Cultura, “ao longo dos séculos a Igreja de S. Miguel do Castelo foi um lugar de enterramento, deles ainda hoje permanecendo a memória, através de um conjunto significativo de tampas de sepultura que se encontram no pavimento da nave da Igreja, tendo também, outrora, existido outras no exterior”.
O PRR, mecanismo europeu para fazer face aos efeitos negativos da pandemia, destinou ainda, para Guimarães, 1,408 milhões de euros para reabilitar o Paço dos Duques, 495 mil euros para o Castelo de Guimarães, e 165 mil euros para o Museu Alberto Sampaio.