Viana do Castelo
Freguesia de Viana reclama solução para utentes sem médico de família
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O presidente da Junta de Vila Nova de Anha, Viana do Castelo, reclamou esta quarta-feira uma solução “provisória” para os utentes da extensão de saúde da freguesia que estão há cinco meses sem médico de família.
Em declarações à agência Lusa, José Filipe Silva adiantou que o assunto vai ser analisado numa reunião solicitada pela autarquia à Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) e agendada para quinta-feira, às 14:30.
“A Junta de Freguesia tem recebido inúmeras queixas de utentes que estão desde setembro sem médico de família na extensão de Vila Nova de Anha. Pedimos uma reunião à ULSAM por entendermos que tem de ser definido um atendimento provisório para estes utentes”, afirmou o autarca socialista.
Aquela extensão de saúde, na margem esquerda do rio Lima, com cerca de 500 utentes, tinha, até setembro, uma médica que agora se encontra de baixa.
José Filipe Silva disse ter recebido da ULSAM “a garantia de que a extensão de saúde não será encerrada mas que, nesta altura, não há médico para substituir a profissional que se encontra de baixa”.
“Fiquei moderadamente satisfeito porque o objetivo não é fechar a extensão de saúde, mas estou preocupado por não estar definido um atendimento alternativo para os utentes da freguesia”, afirmou José Filipe Silva.
A extensão de saúde, localizada nas instalações do centro social paroquial, “já serviu cerca de 1.500 utentes, mas ao longo dos anos, devido à instabilidade do serviço, foi perdendo utentes, contando atualmente com cerca de 500, sobretudo, idosos”.
“É necessário articular um atendimento para estes utentes. Há pessoas à espera, há cerca de dois meses, para mostrar os resultados de exames médicos que realizaram. Tem de ser definida uma solução provisória”, frisou.
José Filipe Silva explicou que o caso “mais grave” foi denunciado em assembleia de freguesia pelo marido de uma utente que apresentou reclamação no centro de saúde de Darque “por não lhe ter sido passada a baixa médica devido um corte numa mão e após ter sido suturada no hospital da cidade”.
Segundo o autarca, o caso “mais caricato” envolveu um idoso de 86 anos, com diabetes, que “requereu uma consulta aberta na mesma unidade de saúde por ter os níveis da diabetes elevados”.
“Foi informado que teria de fazer inscrição para ter médico de família. Ainda hoje está espera”.
Já em dezembro passado o autarca tinha alertado que a falta de médico na freguesia “tem causado alarme social”, sobretudo na população mais idosa.
“O que nos preocupa são sobretudo as pessoas de uma faixa etária mais avançada, com mais dificuldade em recorrer ao centro de saúde de Darque. Ou por falta de meios próprios de transporte, ou por razões de mobilidade”, afirmou, na altura, José Filipe Silva.
Na ocasião, contactado pela Lusa, o presidente do conselho de administração da ULSAM, Frankelin Ramos, assegurou que, “apesar deste inconveniente, os cuidados de saúde estão sempre assegurados no Centro de Saúde de Darque que dista 2,5 quilómetros da referida extensão”.
“Dentro do possível, a ULSAM está a fazer as diligências necessárias, no sentido de resolver a situação, mas, neste momento, não há médico para colocar na extensão de saúde”, frisou.
A ULSAM inclui o hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo, o hospital Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima e, 13 centros de saúde espalhados pelo Alto Minho.
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