Freguesia de Barcelos em choque. Manuel deu a vida num incêndio em Viana

Manuel Arantes tinha 50 anos

Manuel Arantes Castro, de 50 anos e residente em Aborim, concelho de Barcelos, era um “moço espetacular, amigo de ajudar toda a gente e com um coração do tamanho do mundo”. Deu a vida, esta sexta-feira, quando parou para ajudar a combater as chamas numa casa a arder à face da estrada em Vila Fria, no concelho vizinho de Viana do Castelo.

Manuel Magalhães, presidente da Junta de Aborim durante doze anos, recorda a O MINHO o homem que “fez parte da lista em dois mandatos”: “Era um grande homem, ele e toda a família. Ainda na terça-feira estive com ele no café… Olhe, é uma tragédia”, lamentou o ex-autarca.

Manuel tinha problemas cardíacos e havia sido internado recentemente devido a essa condição. Ontem, quando seguia na Rua Ponte Pedrinha, que liga o concelho de Barcelos a Darque, Viana do Castelo, freguesia onde trabalhava numa empresa de portões, avistou um anexo a arder, parando no imediato a viatura para ajudar a extinguir as chamas, ainda antes da chegada de socorro.

Segundo fonte da Proteção Civil de Viana do Castelo, à chegada dos Bombeiros Sapadores Manuel encontrava-se deitado no chão, no exterior do anexo em chamas, em grandes dificuldades respiratórias, acabando por morrer naquele local.

Alberto Costa, atual presidente da Junta de Aborim e familiar da vítima, adiantou a O MINHO que ainda não são conhecidas as causas da morte. A autópsia só deverá ser realizada na segunda-feira, mais tardar na quarta, explicou.

“Acordamos todos de boca aberta. A freguesia está muito transtornada”, lamentou Alberto.

O atual autarca lembra Manuel como um homem muito participativo na freguesia, frequentador das atividades paroquiais e membro ativo na comunidade.

Residia nos prédios no lugar de  Samil. Deixa esposa, catequista e membro da Fábrica da Igreja de Aborim, e um filho maior de idade, enfermeiro de profissão, bombeiro numa corporação do concelho de Barcelos e escuteiro em Cossourado.

Não apresentava queimaduras nem feridas exteriores

Fonte da GNR adiantou a O MINHO que o corpo não apresentava queimaduras nem feridas exteriores, pelo que se desconhecem as causas da morte.

Foto: Joca Fotógrafos / O MINHO
Foto: Joca Fotógrafos / O MINHO
Foto: Joca Fotógrafos / O MINHO
Foto: Joca Fotógrafos / O MINHO
Foto: Joca Fotógrafos / O MINHO
Foto: Joca Fotógrafos / O MINHO
Foto: Joca Fotógrafos / O MINHO

No local estiveram os Bombeiros Sapadores e Voluntários de Viana, bem como a VMER do Alto Minho e GNR.

No total, segundo a Proteção Civil, foram mobilizados 28 operacionais apoiados por 11 veículos.

 
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