A França pretende oferecer mais artilharia pesada à Ucrânia, segundo garantiu hoje o presidente Emmanuel Macron em chamada telefónica com Volodymyr Zelensky, o seu homólogo ucraniano.
Durante a chamada, Macron vincou que a França continua ao lado da Ucrânia, na sequência da recente declaração do francês, que alertou para o perigo de se humilhar Vladimir Putin, presidente da Rússi, e que não foi muito bem recebida em Kiev.
Macron tem sido um dos poucos chefes de estado a tentar manter um diálogo com Putin. E, embora continue a dar apoio à Ucrânia, o presidente da França ainda não se deslocou a Kiev, como fizeram muitos outros líderes europeus.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de mais de 15 milhões de pessoas de suas casas – mais de oito milhões de deslocados internos e mais de 7,2 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
A ONU confirmou que 4.302 civis morreram e 5.217 ficaram feridos na guerra, que hoje entrou no seu 106.º dia, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.