As entidades envolvidas na realização das Feiras Novas, em Ponte de Lima, reúnem-se hoje de tarde para estudar alternativas para assinalar a romaria, após ter sido decretada a proibição de festas até ao final de setembro.
“As Feiras Novas não se vão realizar nos moldes habituais, de todo. De certeza que não vai haver cortejo, procissão, que não vai haver 600 concertinas. Temos que obedecer ao que a Direção-Geral da Saúde e o Governo determinam para cada altura. Logicamente, não serão umas Feiras Novas típicas”, garante a O MINHO a presidente da Associação Concelhia Feiras Novas, Ana Machado.
As alternativas que irão ser criadas deverão ser definidas na reunião, esta tarde de segunda-feira, com a Associação, a Fábrica da Igreja e a Câmara Municipal.
As alternativas poderão ser as “redes sociais” ou “pôr música a tocar nas ruas durante os dias de festa”, adianta Ana Machado, realçando que tal só será decidido na referida reunião.
“Não é a primeira vez que não se realizam”
As Feiras Novas têm uma história de quase 200 anos, iniciada em 1826. A presidente da Associação recorda, no entanto, que “não é a primeira vez que não se realizam Feiras Novas”.
“As festas já passaram por várias formas de ser organizadas. Primeiro, era o comércio local, depois a Fárbica da Igreja e, posteriormente, é que se fundou a associação. Nestas mudanças, já houve anos que não se realizaram neste formato habitual. Não é uma inovação não haver Feiras Novas”, explica, concluindo que “cada limiano pode fazer as suas Feiras Novas à sua maneira”.
Recorde-se que o Governo, na passada quinta-feira, proibiu a realização de festivais de música e eventos similares até 30 de setembro, como medida de conteção da pandemia de covid-19.
Na sexta-feira, a CIM Alto Minho acompanhou a decisão do Governo, anunciando a que não iria licenciar quaisquer festas e romarias até ao final de setembro.