Forças russas iniciam operação de desminagem na fábrica Azovstal

Guerra

Equipas de sapadores de engenharia militar estão a levar a cabo operações de desminagem do extenso perímetro da fábrica Azovstal, na cidade ucraniana de Mariupol, disse hoje o Ministério da Defesa da Rússia.

As instalações da metalúrgica Azovstal, com mais de 11 quilómetros quadrados, foi o último bastião dos combatentes ucranianos na cidade portuária de Mariupol.

Segundo o Ministério da Defesa de Moscovo foram neutralizados “mais de uma centena de artefactos” (não especificados) que se encontravam na fábrica, após a retirada das forças ucranianas. 

A Rússia anunciou no passado dia 20 de maio a “completa rendição” dos defensores de Azovstal.

Nessa altura, os últimos combatentes (531 ucranianos) que se encontravam nos subterrâneos da instalação fabril há quase dois meses entregaram-se às tropas russas. 

No total, de acordo com Moscovo, durante a semana passada entregaram-se 2.439 combatentes ucranianos, na maioria membros do batalhão nacionalista Azov, que integram o Exército regular de Kiev. 

Os separatistas pró-russos de Donetsk anunciaram anteriormente planos para a destruição da fábrica que foi construída durante o regime soviético.

A cidade portuária de Mariupol, fundada no século XVIII, passou a chamar-se Zhadanov (entre 1948 e a queda da União Soviética nos anos 1990) em honra de Andrey Alexandrovich Zhadanov, um alto funcionário do Partido Comunista da União Soviética próximo de Estaline.

O atual proprietário da Azovstal é o magnata ucraniano Rinat Ajmetov.

Durante o último fim de semana, as autoridades russas sugeriram a possibilidade da troca de combatentes que se encontravam na fábrica pelo político da oposição ucraniano próximo do Kremlin, Viktor Medvedchuk, preso em Kiev, mas a opção já foi descartada.  

A segunda invasão da Rússia em território ucraniano começou no passado dia 24 de fevereiro. 

 
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