A Força Aérea Portuguesa (FAP), com uma aeronave P-3C CUP+ e uma tripulação de 13 militares, realiza entre hoje e terça-feira ações de patrulhamento e fiscalização no âmbito da prevenção de incêndios florestais.
Numa nota de imprensa hoje enviada à agência Lusa, pode ler-se que as “ações irão decorrer ao longo dos três dias, nos distritos de Aveiro, Beja, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Faro, Guarda, Leiria, Lisboa, Portalegre, Porto, Santarém, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu, com especial incidência nos locais sinalizados como de risco muito elevado de incêndio”.
Distritos de Braga e Viana em situação de alerta devido ao risco de incêndio
“Este empenhamento resulta de um pedido da Guarda Nacional Republicana ao Estado-Maior-General das Forças Armadas”, lê-se ainda na nota.
De acordo com a Página da Proteção Civil, às 09:50, estavam em curso dois fogos florestais, que mobilizavam a essa hora 179 operacionais, 48 veículos terrestres e cinco meios aéreos.
No sábado, a FAP tinha anunciado a suspensão das operações com os seus ‘drones’ até à conclusão da investigação à aterragem forçada de um destes aparelhos ocorrida no concelho de Alcácer do Sal, distrito de Setúbal.
Em comunicado, a FAP informava que uma aeronave não tripulada (‘drone’) sua, que estava a operar a partir da Base Aérea N.º 11, em Beja, de onde tinha descolado às 11:10 para uma missão de vigilância aérea na zona sul de Portugal, “realizou uma aterragem forçada” na zona do Torrão, concelho de Alcácer do Sal, distrito de Setúbal, às 11:40.
“A aeronave foi dirigida para uma área isolada, não colocando em risco população ou habitações”, frisa a FAP, referindo que “as causas do acidente já estão sob investigação do Gabinete de Prevenção de Acidentes da Força Aérea”.
Segundo a FAP, “até à conclusão” da investigação, “as operações com este tipo de aeronaves estão suspensas nas outras bases de operação (Lousã e Mirandela)”.
Também no sábado, a FAP frisava que, “nesta altura de maior risco, irá empenhar aeronaves tripuladas para a realização das missões de vigilância aérea e deteção de fogos”.
A FAP adquiriu 12 ‘drones’ para reforçar a capacidade de vigilância aérea e deteção de incêndios no âmbito do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais em Portugal (DECIR).
Dos 12 ‘drones’, seis de asa fixa estavam a operar a partir de três bases de operação (Lousã, Beja e Mirandela), cobrindo as regiões Norte, Centro e Sul de Portugal, e até ao final de agosto tinham realizado cerca de 100 horas de voos.
Dos restantes aparelhos, dois com capacidade de descolagem e aterragem à vertical estão em fase de testes e qualificação. A FAP aguarda a entrega pelo fabricante dos outros quatro.
Segundo a Força Aérea, o processo de coordenação com a GNR e a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil está “plenamente implementado para as três bases de operação, através da ligação em rede e partilha de imagem em tempo real, permitindo desta forma maior celeridade na análise e resposta por parte das entidades no terreno”.
Catorze distritos, entre os quais Braga e Viana do Castelo, entraram hoje em estado de alerta, até às 23:59 de terça-feira, devido às previsões meteorológicas de “significativo agravamento” do risco de incêndio.
A declaração da situação de alerta foi anunciada na sexta-feira pela secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, numa conferência de imprensa na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Lisboa.
Na altura, Patrícia Gaspar disse que “é expectável que o risco de incêndio vá aumentar”, considerando as previsões meteorológicas de “aumento da temperatura, redução dos níveis de humidade relativa e aumento do vento”.
Face às previsões adversas, a Proteção Civil acionou para os mesmos distritos o estado especial de alerta laranja, o segundo mais grave numa escala de quatro.
Notícia atualizada às 13h10 com mais informação.