Declarações após o jogo Arouca – Vizela (5-0), da 19.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado no domingo em Arouca:
– Rubén de la Barrera (treinador do Vizela): “Foi um jogo condicionado pela primeira parte, onde tivemos quatro ocasiões claríssimas. A nossa realidade de hoje é que depois de termos a nossa primeira oportunidade, eles marcam de seguida. Aproveitaram também a grande penalidade para fazer o 2-0 e nós acumulámos quatro oportunidades de golo.
No intervalo, falámos em ajustar um par de coisas. Estava convencido de que, com um golo, entraríamos de novo no jogo, mas não o produzimos, o que aconteceu foi o terceiro do Arouca. Estamos numa situação muito débil na tabela, então o importante é ter claro o caminho e, a partir daí, tomar as melhores decisões para que a equipa seja competitiva, eficiente e eficaz.
Na primeira metade, houve momentos em que fomos muito melhores, mas a diferença neste desporto traduz-se nas áreas e aí estamos longe de ser uma equipa de primeira divisão, essa é a realidade.
Foi um problema de entrada na partida. Tentámos depois atacar da melhor maneira, ataque continuado no meio-campo adversário e, por outro lado, defensivamente incidimos nas referências, mas há algo que vai para além da organização: ganhar os duelos, ofensivos e defensivos. Atualmente, não somos uma equipa ganhadora de bolas”.
– Daniel Sousa (treinador do Arouca): “Foi uma vitória da equipa, dos jogadores, com espaço para tudo. É a mensagem que passamos diariamente: quando a equipa brilha, todos os jogadores podem brilhar, e hoje foi um bom exemplo disso. Não consigo destacar um jogador, porque toda a equipa esteve a um nível muito bom.
Entrámos bem, fortes, sofremos uma ou outra situação derivada de um ou outro posicionamento não tão bem ajustado, mas rapidamente os jogadores corrigiram dentro de campo. Mérito dos jogadores em terem a capacidade de se ajustar, é o grande mérito desta equipa e da semana de trabalho.
[Se foi a melhor exibição da temporada] Eu creio que sim, foi bastante completa, sofremos algumas situações, mas não muitas e marcámos quando tínhamos de marcar e até tivemos outras oportunidades em que poderíamos ter marcado. Não quer dizer que o resultado seria mais dilatado, mas resolveríamos as coisas mais cedo, de outra forma. Mas foi um dos jogos mais completos em termos de performance coletiva, bastante competentes a defender, sair para o ataque e organizar jogadas.
[Acerca da melhoria pontual com a entrada de Daniel Sousa para o comando técnico] Quando entramos em algum sítio, temos de fazer uma análise profunda da realidade e do momento que depois nos permite fazer o planeamento e o enquadramento das necessidades. Nesse sentido, detetámos necessidades, mas havia já coisas muito interessantes antes da nossa chegada. O que mudou foi jogarmos como equipa e a forma de trabalhar – isto não é uma comparação -, o empenho dos jogadores que é depois compensado ao fim de semana”.