Declarações após o jogo Nacional – Moreirense (1-0), da 14ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado hoje no Estádio da Madeira, no Funchal:
– César Peixoto (treinador do Moreirense): “Entrámos relativamente bem no jogo, criámos alguns problemas e tivemos saídas rápidas, mas faltou-nos tomada de decisão. Forçámos pelo corredor, tanto de um lado como pelo outro. Chegámos a zonas de cruzamento, mas faltou alguma presença e uma melhor tomada de decisão para fazer golo. Fizemos um, mas acabou por ser anulado, e penso que bem.
Não entrámos bem na segunda parte. Acabámos por sofrer um golo de bola parada. O Nacional apenas criou perigo em lances de parada. Mas estávamos avisados para isso, pois têm gente muito alta e agressiva nesse momento, o que nos dificultou sempre.
Na segunda parte, o vento foi mais forte e favorável [para o Nacional]. A relva também não ajudou, uma vez que levantava muito. Para quem joga com a bola no pé, torna tudo mais difícil.
O Nacional também foi mais agressivo na pressão durante a segunda parte. A favor do vento, tentou chutar várias vezes de longe para beneficiar disso.
Foi um mau jogo. Penso que a equipa jogou muito com o coração e pouco com a cabeça, sem os posicionamentos corretos para ter bola, para o portador da bola ter a ligação que nós queremos. Mas também houve muita desinspiração. É um jogo para ver, rever e perceber o que correu mal para não voltarmos a cometer os mesmos erros”.
– Tiago Margarido (treinador do Nacional): “Na primeira parte, penso que o jogo foi muito repartido. O Moreirense bloqueou bem a nossa primeira fase de construção, com mérito. Na segunda parte, com os ajustes feitos, o jogo foi de sentido único.
Acho que fizemos um jogo competente e a equipa foi inteligente, principalmente na segunda parte, em que conseguimos criar dificuldades à equipa do Moreirense, sobretudo através de jogo direto. Penso que o resultado é ajustado, em função do que se passou.
Ao início, lembro-me de falarmos aqui nesta sala que a equipa estava a sofrer muitos golos e não tinha coesão defensiva. Desde então, temos trabalhado muito para a equipa ser mais sólida, e a verdade é que, aqui em casa, este é o terceiro jogo [seguido] sem sofrer golos. Penso que a equipa está muito competente no processo defensivo. No processo ofensivo também, mas aí faltava materializar a questão das oportunidades de golo.
Os nossos centrais são muito agressivos, fortes no um para um, na técnica defensiva, no bloqueio de remate e nas disputas aéreas. São dois jogadores [Ulisses e Zé Vítor] que têm sido verdadeiros esteios, sendo que nós, treinadores, estamos muito satisfeitos”.