Engenheiro de Barcelos cria ‘app’ para 22 mil voluntários da Jornada Mundial da Juventude

Foto: DR

Chama-se Miguel Miranda, é de Barcelos, licenciou-se em Engenharia Informática no Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), e foi um dos responsáveis pelo desenvolvimento da aplicação que está a ser utilizada pelos cerca de 22 mil voluntários na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que decorrem por estes dias, em Lisboa.

Trata-se da “WYD Volunteer Schedule”, ‘app’ disponível para Android e IOS, e pretende ajudar os milhares de voluntários, de mais de uma centena de nacionalidades, a gerirem os seus horários de trabalho durante a JMJ.

Através do telemóvel, os voluntários podem consultar o programa completo da JMJ, assim como os horários e locais onde devem estar presentes, de forma simples e intuitiva.

Com voluntários de 143 países, a “WYD Volunteer Schedule” permite também uma maior interação e comunicação entre os intervenientes.

“Eles estão distribuídos por equipas e têm tarefas específicas sobre o que fazer, onde estar e horários. Temos também alertas, que são disparados para os responsáveis por cada equipa, quando há alguma alteração”, começa por descrever Miguel Miranda, natural de Barcelos, citado pelo IPVC.

A trabalhar na Tlantic, a empresa de ‘software’ sediada no Porto e que opera, sobretudo, para o mercado a retalho.

Miguel Miranda explica que o “desafio foi enorme”, porque foi necessário operacionalizar uma aplicação “capaz de responder, de forma rápida, eficaz e eficiente, a 22 mil pessoas”.

“O nosso mercado são empresas de retalho com 500/600 colaboradores, por isso, este foi e continua a ser um desafio gigante, porque estamos a ligar em simultâneo com 22 mil pessoas e temos de responder em tempo útil a várias solicitações”, acrescenta Miguel Miranda.

A olhar já para o futuro, o jovem de 24 anos garante que a ‘app’ tem margem de progressão e que, apesar de a “WYD Volunteer Schedule” ficar indisponível mal terminem as Jornadas, poderá ser adaptada e trabalhada para ser utilizada por grandes públicos e no mercado a retalho, nomeadamente em grandes superfícies comerciais.

Licenciatura no IPVC foi “muito prática”

Miguel Miranda terminou o curso de licenciatura de Engenharia Informática no ano letivo 2021/22, na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Politécnico de Viana do Castelo, mas continua ligado à academia.

Recentemente, foi um dos convidados para os Open Days de Informática, iniciativa que mobilizou centenas de jovens estudantes, e falou da sua experiência no IPVC.

“A licenciatura em Engenharia Informática é muito prática. Há uma forte ligação com as empresas. Julgo que saímos muito bem preparados e adaptados ao mercado de trabalho”, remata Miguel Miranda, citado em comunicado da instituição enviado a O MINHO.

 
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