Declarações após o Moreirense–Rio Ave (0-0), jogo da 24.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, em Moreira de Cónegos, concelho de Guimarães:
– Rui Borges (treinador do Moreirense): “Foi ingrato acabarmos com um ponto, por tudo o que fizemos. Foi dos melhores jogos em termos coletivos em todos os momentos do jogo, ao longo dos 90 minutos. Foi dos jogos mais bem conseguidos que tivemos. Fomos superiores no momento ofensivo, no momento defensivo, no contra-ataque, na transição defensiva. Eu e a equipa ficámos tristes pelo [resultado], depois do que fizemos ao longo dos 90 minutos.
A ineficácia faz parte do jogo. Tivemos situações de finalização. O Rio Ave tem uma aproximação à área e dois remates. Fomos muito competentes. Faltou-nos fazer golo. Houve infelicidade no momento da grande penalidade. Faz parte. A nossa frente de ataque é muito nova, tirando o Camacho. Faz parte falhar golos, mas estou muito feliz.
Houve jogos que ganhámos por 1-0 e em que não criámos tantas oportunidades. Esteve mau tempo, mas tivemos 90 minutos a jogar num campo muito praticável. Não me lembro de o Rio Ave controlar o jogo. Fomos muito intensos na pressão. Tivemos vários remates, mas não fomos capazes de finalizar. Fizemos mais do que suficiente para conquistar os três pontos. A malta que entrou esteve muito ligada ao jogo. Fomos muito proativos nas segundas bolas.
O Moreirense tem feito um fantástico campeonato. É normal a estrutura estar ligada ao grupo e à ambição da equipa [ao submeter a documentação para se licenciar para as provas da UEFA]. Hoje, demos uma demonstração de ambição. Isso faz parte do ‘ADN’ desta vila, deste clube e deste grupo, com capacidade de trabalho, competência e competitividade. Não nos damos por vencidos”.
– Luís Freire (treinador do Rio Ave): “Jogámos num campo difícil, com um adversário muito moralizado, que não luta pelas competições europeias por acaso. Sabíamos que ia ser um jogo difícil. Fomos estáveis, controlámos bem a profundidade, mas, com bola, tivemos dificuldade em ligar o jogo. Houve mérito do Moreirense. Foi um jogo de primeiras e segundas bolas. O Moreirense foi mais rápido nos duelos e saiu mais vezes para o ataque. Na primeira parte, o Moreirense teve duas ou três oportunidades, e nós nenhuma.
Na segunda parte, chegámos algumas vezes à baliza, mas o Moreirense foi mais forte nos duelos. Foi um jogo físico, de muitos duelos, mais lutado do que bem jogado. Os guarda-redes tiveram poucas intervenções. O jogo foi levado até ao fim com muita luta. Colocámos João Teixeira e Joca para ter mais bola, mas o campo ficou mais difícil. O penálti também sai de uma segunda bola. Foi um empate a meu ver justo, porque os meus jogadores trabalharam muito. Conseguimos levar o jogo até ao fim sem grandes oportunidades do Moreirense.
Faltou, em vários jogos, aproveitar vantagens, como em Arouca e em Barcelos [para encerrar um jejum de triunfos fora de casa há quase um ano]. Falta a tabela ajudar um pouco. Quando estamos nestas posições, é mais difícil controlar as emoções. Ainda hoje tivemos um penálti contra na fase final. Mas estamos a crescer emocionalmente para conseguir a desejada vitória fora de casa”.