Declarações após o jogo FC Porto-Moreirense (2-0), dos quartos de final da Taça da Liga de futebol, disputado na quinta-feira no Estádio Municipal de Aveiro, em Aveiro:
– César Peixoto (treinador do Moreirense): “Não acho que tenha sido um dia não. Os jogadores deram uma boa resposta. Mudámos oito jogadores, mas entrámos bem e com ‘timings’ de pressão bem efetuados. O FC Porto teve mais bola, mas tentámos sair e faltou-nos alguma definição nas transições. Sofremos um golo na primeira parte, sem que o FC Porto tenha criado muito perigo. Estávamos muito equilibrados e isso ditou muito do resto do jogo.
Estava a faltar-nos alguma capacidade e personalidade para ter bola e não estarmos sempre atrás dela. Pedi isso ao intervalo aos meus jogadores. Subimos linhas e tentámos ser mais pressionantes. O 2-0 condicionou a nossa estratégica e o FC Porto foi descobrindo espaços entre linhas para criar algum perigo.
Foi uma vitória justa do FC Porto, mas o Moreirense teve um comportamento fantástico. Os jogadores deram uma boa resposta e reforçaram a minha confiança neles para o futuro. Fizemos um jogo competente frente a uma boa equipa”.
– Vítor Bruno (treinador do FC Porto): “Foi uma vitória justa, inequívoca e clara da melhor equipa em campo. Na primeira parte, estivemos sempre por cima, mas sem oportunidades evidentes.
No segundo tempo, fomos melhores e mais contundentes a atacar os espaços, criando três ou quatro lances claros. Fizemos o segundo golo e até poderíamos ter feito mais. Mantivemos a nossa baliza a zero mais uma vez e isso deixa-me muito satisfeito. É sinal do crescimento que a equipa vai sentindo a cada jogo.
Nunca é fácil levar a jogo tanta gente que não está habituada a competir em conjunto, mas a resposta em nada me surpreende. O jogo acaba por ser um retrato muito fiel do treino e eles nunca deixaram a desejar a nível comportamental, de atitude e profissionalismo. Por isso, tudo o que apresentaram em campo não é novidade.
Há gente que tem sido recentemente titular e agora ficou de fora, mas temos obrigatoriamente de fazer essa gestão. Penso que somos o único clube em Portugal com vários ciclos de jogos a cada três dias. Isso obriga-nos a conhecer o perfil dos nossos jogadores e a perceber quem anda em níveis altos de rendimento, quem quebrou ou precisa de descansar.
[Eventual saída do treinador Rúben Amorim do Sporting, adversário do FC Porto nas meias-finais da Taça da Liga] As pessoas do Sporting são as primeiras a socorrerem-se de gente competente. Há dinâmicas enraizadas e um treinador que está lá há quatro anos e meio. A estabilidade é algo que cada treinador sonha ter e parece-me que toda a gente está muito sintonizada ali. Agora, quem virá, virá para fazer o melhor. Teremos de competir na mesma e já nos defrontámos duas vezes esta época. [Boicote das claques ao jogo] Não me compete comentar. Estou muito contente com os adeptos que vieram e percebo perfeitamente aqueles que não puderam vir, porque é difícil a nível logístico. Apesar da proximidade, ainda há alguma distância [entre Aveiro e Porto] e o encontro aconteceu em dia de semana e numa hora pouco convidativa”.
