Foi este domingo respeitado um minuto de silêncio durante a Supertaça de râguebi entre Belenenses e Técnico em memória de Júlio Faria, antigo jogador do Técnico residente em Arcos de Valdevez, que faleceu nesta manhã de domingo.
Faria jogou também no CDUP e foi internacional português de râguebi, nas décadas de 1960 e 1970. Natural de Esposende, esteve em Arcos de Valdevez desde 1983, ligado ao CRAV, no desempenho de várias funções.
O Belenenses conquistou hoje a Supertaça de râguebi, após vencer o Técnico, nas Caldas da Rainha, por 25-13, numa partida em que justificou o triunfo pela maior disciplina e capacidade de adaptação às condições atmosféricas adversas.
A jogar contra o vento na primeira parte, a equipa do Restelo conseguiu dois ensaios, por João Freudenthal (16 minutos) e Tomás Sequeira (35), e chegou ao intervalo com uma vantagem de 12-8, que só não era mais penalizadora para os ‘engenheiros’ porque Freudenthal, a chutar contra o vento, errou duas penalidades e a transformação do segundo toque de meta.
O Técnico, campeão nacional em título, foi sempre uma equipa muito combativa, mas, geralmente, de forma pouco assertiva e o ensaio de Jonathan Kawau (23 minutos), na insistência de um ‘maul’ nos últimos cinco metros, espelhou bem a abordagem da equipa das Olaias ao encontro.
Mas, a verdade é que essa abordagem ia chegando para manter os ‘engenheiros’ na discussão do resultado, pelo menos até ao minuto 45, quando Kawau viu o cartão amarelo por uma placagem alta e deixou a sua equipa em inferioridade numérica durante 10 minutos.
O Belenenses soube capitalizar esse período com a obtenção de 10 pontos, através de uma penalidade de Freudenthal (46), a castigar a falta do neozelandês, e de um ensaio de Rodrigo Marta, transformado por Freudenthal, que a favor do vento errou apenas uma penalidade, mas a quase 50 metros dos postes.
Com uma vantagem de 22-8 aos 50 minutos, os ‘azuis’ geriram os acontecimentos com pontapés longos para obrigar o adversário a iniciar os seus ataques muito longe da linha de ensaio, mas o Técnico viu a sua agressividade e resiliência premiadas com o segundo ensaio da tarde, por Diogo Salgado (80+3), já em período de descontos.
Foi a sexta Supertaça conquistada pelo Belenenses, desta vez na condição de vencedor da Taça de Portugal, e a terceira de forma consecutiva, desde 2018 (no ano passado o troféu não de disputou devido à pandemia de covid-19), que descola os ‘azuis’ do Cascais e da Agronomia (5 troféus cada) e os aproxima do Direito (11 títulos).
O Técnico, campeão nacional em título, continua com apenas uma Supertaça, conquistada em 1994, ano em que se tinha sagrado campeão nacional pela última vez antes da época 2020/21.
Ficha de Jogo
Jogo no Complexo Desportivo das Caldas da Rainha.
Técnico – Belenenses, 13-25.
Ao intervalo: 8-12.
Sob arbitragem de Pedro Mendes Silva, as equipas alinharam:
– Técnico: André Arrojado, Miguel Seoane, Bruno Rocha, Cléber Júnior, Jonathan Kawau, Rodrigo Bento, Iosefa Fiola, Tomás Suarez, Pedro Lucas, Kane Hancy, Francisco Salgado, Diogo Salgado, Hayden Hann, António Cardoso e Hugo Trigueiro.
Jogaram ainda: Francisco Diogo, Gonçalo Costa, Simão Medeiro, Bernardo Batista e Guilherme Sampaio.
Ensaios (2): Jonathan Kawau (23), Diogo Salgado (80+3).
Penalidades (1): Hugo Trigueiro (12).
Treinador: Kane Hancy.
– Belenenses: Lucas Bordigoni, Guillermo Lawrie, Anthony Kent, Salvador Cunha, Manuel Lima, Frederico Barahona, David Wallis, Tomás Sequeira, Duarte Azevedo, Francisco Meneres, José Santos, Rodrigo Freudenthal, Rodrigo Marta, Diogo Rodrigues e João Freudenthal.
Jogaram ainda: António Santos, Miguel Nunes, Pedro Braga, António Andrade, José Moreira, Manuel Marta e António Cunha.
Ensaios (3): João Freudenthal (16), Tomás Sequeira (35), Rodrigo Marta (49).
Conversões (2): João Freudenthal (17, 50).
Penalidades (2): João Freudenthal (46, 58).
Treinador: João Mirra.
Ação disciplinar: Cartão amarelo para Jonathan Kawau (45).
Assistência: cerca de 1.500 espetadores.