Declarações após o jogo FC Porto – SC Braga (2-1), da oitava jornada da I Liga portuguesa de futebol, que se realizou hoje no Porto:
– Carlos Carvalhal (treinador do SC Braga): “ Merecer é fazer golos. Cometemos erros e isso custou-nos caro. Encostámos o FC Porto atrás, mas não foi suficiente porque não conseguimos concretizar. Assim sendo fica um amargo de boca.
São situações que temos que trabalhar. É difícil conviver com dois jogos nestas características em que podíamos ter feito um resultado diferente. Temos que olhar para a frente, a evolução é uma realidade. O foco está na recuperação destes jogadores. Com a paragem vamos aparecer mais fortes, focados, com mais experiência, vamos ter mais equipa no futuro.
O Roger está num processo evolutivo. Tornou-se uma figura importante no Sporting de Braga. Tem um compromisso que me agrada. É um jogador em evolução e esperemos que ele e outros continuem em evoluir.”
– Vítor Bruno (treinador do FC Porto): “Uma primeira parte muito boa do FC Porto, em que podíamos ter feito três ou quatro golos, um foi anulado. Não sei se vem com retroativos. Fomos fortes com nuances estratégicas que os jogadores interpretaram muito bem. Sabiam como ferir o Braga.
O Braga tem uma aproximação com perigo, nós temos três ou quatro na primeira parte. Seguimos com 1-0 ao intervalo. O Braga faz um grande golo a abrir a segunda parte, de tirar o chapéu. Reagimos de forma contundente. E fizemos o 2-1. E depois parece-me que o jogo está mais ou menos controlado até o Eustáquio sair. Depois, começámos a estacionar o bloco. O Braga começou a aproximar-se. Natural que surja alguma intranquilidade.
Às vezes, é preciso sofrer, agarrar-nos aos conceitos que temos no balneário, de bravura, de crença, união. E perceber que todos são importantes, quem joga de início, quem entra. Estou muito contente com o que me têm dado.
Temos sete vitórias, é importante que não se esqueçam disso. E agora é continuar. O caminho faz-se caminhando. Agora, é descansar. Ganhámos um jogo com inteira justiça.
Há jogos em que as coisas não saem como nós queremos. Não somos geniais. Os jogadores cometem erros, nós tentamos evitar isso ao máximo e não jogamos sozinhos. Historicamente, o [Sporting de] Braga é um adversário que nos cria dificuldade, tem jogadores com muita qualidade que podem fazer diferença a qualquer momento.
Queremos dar passos em frente. Mas muitas vezes isso não é fácil. Na teoria todos queremos isso. Nem sempre é possível. O importante é que andemos sempre casados, em uníssono, porque aqui dentro são todos jogadores do FC Porto.
Não tenho que entender [assobios]. O que eu sei é que eles têm uma influência gigante naquilo que é comportamento dos jogadores em campo. São seres humanos que são jovens. Precisam de amparo e conforto. Isto é tudo uma lógica de reciprocidade. Tem que acontecer de fora para dentro e de dentro para fora. E isso pode não estar alinhado. Mas é importante que nos alinhemos todos, porque isso vai fazer o FC Porto ainda mais forte no futuro. Os adeptos são decisivos. São o principal motor de um clube”.