O 31.º Festival Jazz de Viana do Castelo volta este ano à Praça da Erva, onde nasceu e que lhe deu nome, entre 27 e 30 de julho, com quatro concertos, o último no teatro Sá de Miranda.
A edição de 2022, hoje apresentada publicamente na Praça da Erva, em pleno centro histórico de Viana do Castelo, onde o festival foi lançado em 1992, abre com o trio de Ricardo Toscano e encerra com Joey Defrancesco Trio, no teatro municipal Sá de Miranda, único concerto com entradas pagas (20 euros).
O programa hoje apresentado por David Martins, responsável pela produção e direção artística do festival, inclui ainda os concertos dos Puzzle 3, no dia 28 de julho, e Eduardo Niebla, no dia 29.
Os espetáculos decorrem sempre às 22:00.
Presente no encontro com os jornalistas, o vereador da Cultura da Câmara de Viana do Castelo, Manuel Vitorino, disse tratar-se “do festival mais antigo do norte de Portugal e o segundo mais antigo do país”.
O responsável assinalou que se realiza “ininterruptamente desde 92”, sendo que, nos dois últimos anos, devido à pandemia de covid-19, “decorreu em moldes diferentes”, e que este ano “regressa em pleno ao local de origem, para continuar a afirmar-se no panorama nacional do jazz”, destacando a atuação de “um mito” deste género musical, o norte-americano Joey Defrancesco.
Em 2020, o festival decorreu em apenas dois dias, no teatro Sá de Miranda, com lotação controlada e limitada. Em 2021, foram quatro dias de concertos, no centro cultural da cidade.
“Voltar, este ano, à Praça da Erva é uma emoção muito grande não só para a organização, mas também para os músicos. Muitos dos que já atuaram neste espaço relatam o ambiente único que se vive, pela proximidade com o público”, frisou David Martins.
O produtor sublinhou que “uma das características” que “deu sucesso ao festival” é a Praça da Erva, local que “uns acham pequeno e, outros ‘sui generis’”.
“Apesar de ser um local no centro da cidade é, ao mesmo tempo, reservado, monumental, do ponto de vista arquitetónico, e, do ponto de vista acústico, reúne as condições necessárias para os concertos”, destacou.
David Martins referiu que, “após dois anos de sobrevivência”, por causa da pandemia de covid-19, o regresso da 31.ª edição à Praça da Erva, como espaço central do evento, abre expectativas para “uma verdadeira enchente”.
“As pessoas estão ansiosas por voltar a viver momentos em que foram felizes e não sabiam”, atirou.
Com orçamento de 50 mil euros, o festival aposta “num concerto importante, com bilheteira, para garantir algum retorno ao investimento municipal”.
“Esta aposta poderá, no futuro, permitir continuar a fazer o que está a fazer este ano. Ter um programa com dois artistas internacionais que chamam público de fora do concelho”, destacou.