O II Festival Internacional de Guitarra de Guimarães (FIGG 2015), que decorre entre os dias 26 e 29, pretende apresentar a “música como janela para o cérebro” desdobrando-se em concertos, um concurso e conferências, avançou esta quinta-feira a organização.
No total a Sociedade Musical de Guimarães, responsável pelo evento em parceria com a câmara local, estima a participação de cerca de centena e meia de guitarristas nas várias rubricas que compõem o festival, entre as quais o II Concurso Internacional de Guitarra “Cidade de Guimarães” que reúne um júri nacional e internacional de 11 músicos.
“A oferta formativa esgotou em pouco tempo, o que demonstra que as escolas continuam a promover e a privilegiar a participação ativa dos seus alunos neste tipo de eventos. Apesar da instabilidade financeira em que a maioria delas se encontra, causada pelos constantes cortes e atrasos nos financiamentos. O ensino artístico dá mais uma prova de vida”, referiu o diretor artístico do II FIGG 2015, Nuno Cachada.
O também docente e guitarrista avançou que “depois de uma primeira edição focada na vertente formativa e pedagógica que colheu elogios quer de especialistas da área, quer de admiradores em geral”, o festival volta com um programa mais alargado para “continuar a potenciar uma nova atitude de aproximação à guitarra clássica, instrumento ainda pouco divulgado como instrumento solista”.
Além do concurso, com cinco concertos e seis conferências a organização pretende, ao longo de quatro dias, “marcar a rota nacional e internacional de festivais e eventos dedicados à guitarra clássica”.
Portugal, Espanha, Uruguai e Alemanha são alguns dos países representados, estando confirmada a presença do alemão Hubert Käppel, do hispano-uruguaio Ricardo Barceló e dos portugueses Pedro Rodrigues, QuarTASTO e Rui Vilhena e Ricardo Coelho.
Nesta segunda edição, o FIGG 2015 tem como novidade a realização de um ciclo de conferências tutelado pelo Centro de Estudos e de Investigação Musical da Sociedade Musical de Guimarães, em parceria com o Departamento de Neurociências da Universidade do Minho (UMinho) que explorará o tema “A música como janela para o cérebro”.
“[O objetivo] é apresentarmos evidências científicas de como o estudo do impacto da música no cérebro poderá levar a uma melhor compreensão sobre o seu funcionamento”, descreveu o investigador da UMinho, Tiago Gil Oliveira.
Serão vários os espaços de Guimarães que acolherão os eventos, nomeadamente o Centro Cultural Vila Flor, a Plataforma das Artes e Criatividade e o Paço dos Duques de Bragança.
Este último foi mesmo alvo de um projeto-piloto do portal de comunicação dedicado à área da deficiência Plural&Singular e da plataforma Places4all (em português ‘Espaços para Todos’) com a finalidade, explicou a organização, de tornar o FIGG 2015 “acessível” a pessoas com mobilidade reduzida, descrevendo as condições de acessibilidade às duas performances musicais agendadas para essa sala de concertos.