Ferro considera acção militar russa “maior ataque à paz e à estabilidade” na Europa

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Ferro considera acção militar russa “maior ataque à paz e à estabilidade” na europa
O presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, intervém durante a sessão solene comemorativa dos 47 anos da Revolução de 25 de Abril na Assembleia da República em Lisboa, 25 de abril de 2021. Em 25 de abril de 1974, um movimento de capitães derrubou a ditatura de 48 anos, de Marcelo Caetano, chefe do Governo e de Américo Tomás, Presidente da República, num golpe que se transformou numa revolução, a “revolução dos cravos”. ANTÓNIO COTRIM/LUSA

O presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, condenou hoje “a agressão militar russa à Ucrânia”, que classificou como “o maior ataque à paz e à estabilidade na Europa em décadas”.

Antes de se iniciar o debate na Comissão Permanente, com o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, precisamente sobre o conflito na fronteira entre a Rússia e a Ucrânia, Eduardo Ferro Rodrigues informou os deputados que enviou hoje de manhã uma mensagem ao seu homólogo ucraniano, na qual transmitiu “a mais veemente condenação pela agressão militar russa à Ucrânia”.

“O maior ataque à paz e à estabilidade na Europa em décadas, que o é a um Estado soberano, livre e independente”, classificou, tendo também transmitido “a mais calorosa e profunda solidariedade com o povo ucraniano e o Parlamento que o representa”.

Ferro Rodrigues recordou que o debate de hoje foi agendado na quarta-feira pela conferência de líderes “em face da tensão que se vivia na fronteira entre a Rússia e a Ucrânia, e das preocupações que a situação a todos suscitava”.

“Preocupações que se materializaram esta madrugada, contrariando todas as declarações de intenção, com plena má-fé, e defraudando todos os esforços diplomáticos que vinham sendo encetados”, lamentou.

A Rússia lançou hoje de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que as autoridades ucranianas dizem ter provocado dezenas de mortos nas primeiras horas.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que o ataque responde a um “pedido de ajuda das autoridades das repúblicas de Donetsk e Lugansk”, no leste da Ucrânia, cuja independência reconheceu na segunda-feira, e visa a “desmilitarização e desnazificação” do país vizinho.

O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU, bem como pelo Governo português e pelo Presidente da República.

O Conselho Superior de Defesa Nacional deu hoje parecer favorável, por unanimidade, a propostas do Governo para a eventual participação de meios militares portugueses em forças de prontidão da NATO.

 
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