Fernando Feitor, ex-vereador do Chega, é candidato à Câmara de Vila Verde com apoio do CDS

Criou “Movimento Amor a Vila Verde”
Foto: DR

O ex-vereador local do Chega Fernando Silva, popularmente conhecido como “Feitor”, vai ser candidato independente à Câmara Municipal de Vila Verde, com o apoio do CDS/PP, liderando o “Movimento Amor a Vila Verde”.

Em declarações a O MINHO, o líder da Distrital de Braga dos centristas, Ricardo Mendes, confirmou que Fernando Feitor será candidato independente mas concorrerá em listas do CDS/PP: “É uma personalidade muito estimada a nível local, que se demarcou do Chega desiludido com as suas práticas e que cremos terá um bom resultado”.

Nuno Melo apresenta

A sessão de apresentação do “Movimento Independente Amor a Vila Verde”, liderado por Fernando Feitor, realiza-se até março, na presença do presidente do CDS, Nuno Melo, do presidente da Distrital, Ricardo Mendes, e do mandatário e diretor de campanha Rui Feio de Azevedo.

Já o candidato, que se mantém na Câmara como independente, adiantou que tem condições para melhorar o resultado de 2021 fruto “do conhecimento, esforço e experiência adquirida” desde 2013.

“O meu objetivo é o de ser presidente da autarquia para o que apresentarei uma equipa credível e com candidatos não só à Câmara Municipal como à Assembleia Municipal e às Juntas de Freguesia”, adianta, em comunicado.

Fernando Feitor frisa que “nunca abdicará da sua independência”, embora seja apoiado pelo CDS, um partido que já tem um lastro de 21 anos ao leme da autarquia vilaverdense quando António Cerqueira assumiu a presidência entre 1976 e 1997.

“A nossa candidatura surge virada para as pessoas e as localidades onde vivem e não para os partidos. A prova disso é que já temos nomes de todos os partidos. Queremos fazer evoluir Vila Verde em todos os aspetos. Este é o nosso foco”, sublinha.

Resolver problemas dos municípes

Sobre o que diz serem lacunas no concelho, Fernando Feitor salienta que apresentará projetos e soluções: “Prometo maior celeridade e transparência na resolução dos problemas dos munícipes”.

No programa eleitoral, Fernando Feitor destaca a importância de “mais e melhores vias de comunicação, políticas efetivas de transportes que promovam a fluidez e mobilidade, a expansão do saneamento e da rede de água pública a todas as freguesias”.

Pretende, ainda, “criar um pólo universitário do ensino superior público”, fomentar o empreendedorismo e o investimento, a requalificação de espaços educativos e a refundação da estratégia para a Cultura “transformando Vila Verde numa referência nacional ao nível cultural”.

“Vila Verde não se pode cingir a eventos efémeros e a participações em programas de televisão sem conteúdo. Somos um concelho com tradições culturais riquíssimas, algumas delas a necessitarem de serem repescadas e valorizadas”, diz a respeito.

Fernando Feitor entende também que Vila Verde precisa de políticas climáticas ambiciosas que “dêm verdadeiras garantias às gerações futuras” e que, no setor da Habitação Pública, se “tem de promover uma política de habitação a custos controlados e rendas acessíveis, de modo que os jovens se fixem no concelho”.

Dez mil caprinos

Outras duas medidas que defende são uma política ecléctica de apoio ao Desporto “com incidência na juventude” e o incentivo e apoio aos agricultores, vinicultores, apicultores, suinicultores e criadores de gado: “Vamos promover e produzir muito mais para que a nossa balança não fique tão desequilibrada. Não produzimos o suficiente para o nosso autoconsumo e temos um potencial para a criação de 10 mil caprinos”.

Atrair investimento

Ao nível económico, Fernando Feitor pretende atrair mais investimentos de longa duração para Vila Verde que possam gerar riqueza e empregos, assim como dinamizar o Turismo “promovendo canais de comunicação e investimentos na área que permitam atrair turistas a um concelho de “grande riqueza paisagística, cultural, histórica e gastronómica”.

Fernando Feitor elege como outra grande medida “a promoção de uma verdadeira política social que vise um serviço público atento aos mais pobres e desfavorecidos e às franjas mais débeis da sociedade sem obedecer exclusivamente a uma visão assistencialista”.

Recorde-se que o PSD, através da presidente Júlia Fernnades, governa o Município, tendo, nas eleições conseguido eleger cinco vereadores contra um do PS e outro do Chega.

 
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