A zona envolvente ao castelo de Guimarães, ao Paço dos Duques e ao Campo de S. Mamede, conhecida como ‘Vila de Cima’ foi a área escolhida pela Câmara Municipal para realizar a edição de 2019 da Feira Afonsina.
Uma decisão que mereceu muitas críticas da oposição e justificada pela Vereadora da Cultura, Adelina Pinto, com “a necessidade de inovar, reinventar e refrescar” o certame.
“Queremos assumir a questão fundacional, tornar a feira medievalista, mais autêntica e sustentada cientificamente”, acrescentou ainda a Vereadora para quem “esta tem que ser a feira maior do país nesta matéria”.
Adelina Pinto diz que a decisão “foi ponderada”, discutida e abordada “com as instituições do Concelho, os hoteleiros e a população em geral”.
Assumindo o risco inerente à mudança, a Vereadora recorda que “nos dois últimos anos tínhamos vindo a perder visitantes” e daí a necessidade de “dar um outro cunho à nossa feira maior”.
A higiene e a segurança ficam também salvaguardadas com este mudança: “em termos de higiene não teremos uma feira à escala medieval” assegurou Adelina Pinto acrescentando: “os problemas de segurança que, também, vão existindo julgamos que ficarão minimizados e mais controlados num espaço como este”.
Oposição
Opinião diferente têm os Vereadores da Oposição. Ricardo Araújo não consegue “encontrar motivos válidos” para que a Feira saía do Centro histórico. “A Feira tem tido um balanço positivo e o impacto negativo que possa ter na atração de pessoas e para o comércio local a mudança” são as duas razões apontadas pelo Vereador para a sua desconfiança.
“Ainda há dois anos alargamos a área da feira”, recordou Ricardo Araújo para quem “as razões logísticas não têm força suficiente”. Araújo diz ainda que vai esperar para ver “qual o impacto junto do público e se vai mesmo inverter a tendência de perda”.
O Vereador da Coligação ‘Juntos Por Guimarães’ não quis entrar pelas questões logísticas porque “quero admitir que estejam a ser asseguradas”.
A Feira Afonsina celebra a fundação de Guimarães e os pormenores da nova edição deverão ser conhecidos daqui a dois meses, nomeadamente, a disposição dos restaurantes, artesanato e zona de espetáculos e as áreas logísticas.
Uma iniciativa científica associada ao certame vai decorrer uma semana antes da feira e terá Egas Moniz como protagonista.